O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgou, esta terça-feira, o relatório sobre a situação da diversidade genética do novo coronavírus, referente à semana passada.
De acordo com a análise, a variante Delta (B.1.617.2) é a estirpe “mais prevalente em Portugal com uma frequência relativa de 94.8%, mantendo-se dominante em todas as regiões” do país.
No Alentejo, Açores e Madeira, esta variante já é dominante a 100%. O Norte do país é a zona onde esta tem menos prevalência, ainda que apresente, neste momento, 87,0% circulação.
Quanto à variante Delta Plus, que apresenta a mutação adicional K417N na proteína Spike (sublinhagem AY.1), continua a ter sido apenas identificada em 56 casos, até ao momento, não tendo sido detetado nenhuma destas infeções nas últimas duas semanas.
No que diz respeito a outras variantes, o relatório indica também que a frequência das variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1), associadas à África do Sul e ao Brasil (Manaus) respetivamente, “mantém-se baixa e sem tendência crescente”. No caso da estirpe sul-africana, não foi identificado nenhum contágio nas últimas duas semanas e quanto à variante de Manus a frequência desta estirpe foi de 0,4% nos últimos 15 dias.
Também não foram detetados novos casos da variante Lambda (C.37), que circula maioritariamente no Peru e do Chile.
Ainda sobre outras estirpes do novo coronavírus em circulação em Portugal, o INSA destaca que verificou-se que a variante/linhagem B.1.621, identificada inicialmente na Colômbia, teve um “decréscimo da sua frequência relativa”, tendo sido detetada a 0.2% há duas semanas e a 0.0% nos últimos sete dias. “Esta variante de interesse apresenta várias mutações na proteína Spike, que são partilhadas com algumas das variantes de preocupação (VOC – variants of concern)”, esclarece a análise.
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