Uma delegação da CDU, com o primeiro candidato pelo círculo de Coimbra, Fernando Teixeira, esteve, ontem, em contacto com utentes do centro de saúde de Oliveira do Hospital e com a população na feira. A delegação da CDU divulgou as suas propostas e alertas relativamente ao Serviço Nacional de Saúde no concelho e também sobre acessibilidades.
No que respeita à Saúde, a CDU nota que há cerca de 7 mil utentes sem médico de família no concelho, recordando que em janeiro de 2023, quando o PCP reuniu com o diretor, eram 5 mil. “Continuam a faltar profissionais de saúde. Há extensões sem médico, quer a Norte (Cordinha), como é exemplo a extensão de Ervedal da Beira, quer a Sul do concelho (Vales do Alva e Alvôco)”, verifica ainda, denunciando também que “não há Serviço de Atendimento Permanente devidamente integrado no Serviço Nacional de Saúde (SNS), com capacidade de referenciação para o INEM, o que provoca grandes transtornos às populações”.
Para a CDU, “a criação da Unidade de Saúde Familiar não resolve nenhum dos problemas de investimento e de contratação de mais trabalhadores, sejam médicos, enfermeiros, assistentes técnicos ou operacionais”.
“Apesar de permitir a atribuição de incentivos aos profissionais, continua a não resolver o problema da valorização do salário base dos profissionais de saúde. O cumprimento forçado de indicadores criará distorções e poderá levar até a limitações nos exames de diagnóstico. A lei possibilita a existência de USF de modelo C, com gestão privada, o que constitui mais um risco de privatização do SNS”, sustenta.
Do mesmo modo, a CDU avança que “apesar de já anunciado, o novo edifício do Centro de Saúde, a proposta do PCP, no âmbito do OE24, de construção das novas instalações do Centro de Saúde, foi rejeitada em comissão, com os votos contra do PS e as abstenções de PSD e IL”.
No contacto com a população do concelho, a delegação da CDU manifestou-se preocupada com as acessibilidades ao concelho.
“O PCP propôs a construção dos itinerários complementares da Serra da Estrela, o IC6, o IC7 e o IC37, em sede do Orçamento do Estado de 2024, vias reivindicadas por agentes económicos e populações, determinantes para o desenvolvimento da atividade económica, para a revitalização do aparelho produtivo e para a criação de emprego”, avança, lamentado que “apesar da propaganda, a proposta foi rejeitada com os votos contra de PS e as abstenções de PSD, IL e PAN”.
“Os sucessivos Governos têm vindo a marginalizar o interior do país, a adiar investimento público”, acusa a delegação.
Junto dos oliveirenses, reafirmou “a necessidade de reforçar os votos e eleitos da CDU como garantia de que os problemas das populações cheguem às instituições e que o voto na CDU é o voto de palavra, dignidade e confiança”.