No âmbito do projeto das comemorações dos 80 anos do nascimento de Adriano Correia de Oliveira e inserida nas comemorações do 50º Aniversário do 25 de abril de 1974, a Junta de Freguesia de Meruge, tem patente na Associação dos Amigos de Meruge, até sábado, dia 1 de março de 2025, a Exposição ADRIANO80.
Com esta exposição ADRIANO 80, inserida no programa de comemorações do 50º Aniversário do 25 de Abril, a Junta de Freguesia de Meruge, pretende proporcionar uma informação que tem sido pouco divulgada e também despertar a curiosidade sobre a obra, o humanismo e a generosidade reconhecida por todos os que tiveram a felicidade de conhecer o Adriano.
Para o encerramento, que ocorrerá no próximo sábado, dia 1 de Março, pelas 21 horas, na Associação, dos Amigos de Meruge, a Junta de Freguesia convidou João Queirós (viola e voz), David Queirós (viola), Manuel Pires da Rocha (violino), para, num ambiente intimista, interpretarem as Baladas, os Fados e as melodias de Adriano Correia de Oliveira.
Adriano Correia de Oliveira, nasceu no Porto, em 1942. Em Coimbra inicia os estudos universitários, matriculando-se na Faculdade de Direito. Enquanto primeiro tenor do Orfeão Académico de Coimbra, a sua voz ímpar distingue-se pelo timbre e pela clareza. A publicação do seu primeiro disco com quatro fados de Coimbra, foi o corolário natural da sua intensa atividade cultural e participação na vida académica.
Em 1963, grava aquele que seria um dos seus discos mais emblemáticos: “Trova do Vento que Passa”, com letra de Manuel Alegre e Música de Adriano e António Portugal. Em 1968, Adriano grava o primeiro disco LP de música de intervenção em Portugal: “O Canto e as Armas”. Com outros cantores, organiza em 1971, no Coliseu de Lisboa, o “Primeiro Encontro da Canção Portuguesa”, no qual participaram Barata-Moura, Vitorino, José Jorge Letria, Fausto, Manuel Freire, Zeca Afonso.
Com o 25 de Abril e a Revolução dos Cravos, Adriano percorre o país de lés a lés em sessões de “canto livre”, na luta por um Portugal livre, democrático e com justiça social. Grava ainda o disco “Que Nunca Mais”, com poemas de Manuel da Fonseca, que lhe valeu o título de Artista do Ano da revista Music Week.
Adriano cantou até ao fim da sua vida. Cantou sempre com voz firme as belas canções com que travejava a sua actividade de artista empenhado nas lutas do povo a que pertencia. Faleceu, precocemente, na sua casa de Avintes, em 16 de Outubro de 1982.