No dia em que se assinalam sete anos após o grande incêndio de 15 de outubro de 2017, José Carlos Alexandrino partilhou na Rádio Boa Nova que aquele foi “o momento mais negativo, mais dramático e de maior dor” dos seus 12 anos enquanto presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital
No espaço de opinião que foi para o ar esta manhã, o ex presidente da autarquia oliveirense admitiu que as recordações daquele dia “estão muito presentes” e lembra de modo particular a manhã do dia 16 em que “sem dormir, com a barba por fazer e completamente arrasado” convocou todos os presidentes de Junta de Freguesia que tinham acabado de ser eleitos e lhes disse: “a história há-de nos julgar, não por aquilo que fomos capazes de fazer até hoje, mas por aquilo que formos capazes de fazer daqui para a frente”
“Foi uma fase muito dramática”, recordou Alexandrino lembrando que o fogo devastou 97 por cento da área florestal do concelho e tirou a vida a 13 pessoas. “Hoje as minhas primeira palavras são de solidariedade com estas famílias que perderam os seus ente queridos num incêndio jamais visto em Portugal”, frisou
No processo de recuperação, destaca a capacidade de resistência e de superação dos oliveirenses e dos empresários que conseguiram reerguer as suas vidas e os seus negócios.
Porém, passados sete anos, verifica que “há uma coisa que nós não recuperámos totalmente” e que coloca Oliveira do Hospital “numa situação pior”. Alexandrino referiu-se à floresta agora povoada por eucaliptos e mimosas.
Ouça o podcast para ouvir na íntegra a opinião de José Carlos Alexandrino que termina com uma referência ao Orçamento de Estado para 2025.