Os conceitos de “segurança da vida humana, integridade física dos operacionais, salvaguarda do ambiente, eficácia no combate, proteção do património e a gestão eficiente de meios e recursos” são prioridade no Plano de Operações Distrital de Coimbra (PLANOP), no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, apresentado esta tarde.
O PLANOP foi apresentado por videoconferência, por Carlos Luís Tavares, Comandante Operacional Distrital, que inicialmente fez um enquadramento estatístico onde revelou que no ano de 2019 a área ardida foi de 646 hectares.
“O Plano é subsidiário da diretiva operacional nacional número dois que visa, essencialmente, prevenir comportamentos de risco com prevenção estrutural da responsabilidade do ICNF e vigiar, detetar e avisar da responsabilidade da GNR. É da responsabilidade da ANEPS combater com rapidez e segurança”, referiu o responsável.
De acordo com Carlos Luís Tavares, o plano deste ano, à semelhança dos anos anteriores, “visa a detecção precoce através dos postos de vigia e do alerta do cidadão”. Para tal, “é fundamental ter comando e controlo, elementos preparados para as diferentes operações, gerir informação de forma eficaz e eficiente sempre com o princípio de recuperar o mais rapidamente o ataque inicial, ou seja, responder com prontidão”.
Aos jornalistas, o Comandantes adiantou que o dispositivo “vai continuar a fazer o pré-posicionamento de meios” e que “está em avaliação contínua”.
No que diz respeito ao dispositivo de vigilância, fiscalização e detecção, o Comando Distrital vai contar com a GNR, através do SEPNA com 70 militares e 35 veículos, assim como a PSP nas suas áreas de intervenção, com 12 polícias e dois veículos. Na rede distrital de postos de vigia, o distrito de Coimbra conta, neste momento, com sete postos em funcionamento, contudo, entre 29 de junho a 15 de outubro, serão 19 torres de vigia com 76 vigias.
No dispositivo terrestre dos bombeiros, o distrito de Coimbra conta com 1 783 bombeiros, 63 elementos de comando que será reforçado no mês de agosto com “331 bombeiros em prontidão”, 71 veículos e seis elementos de comando em permanência”.
Na sessão de apresentação, Carlos Luís Tavares afirmou que o plano deste ano é “muito semelhante ao do ano anterior”. “A única diferença é que o número de elementos do comando aumenta”, justificou. Contudo, a “grande novidade” são dois aviões anfíbios à disposição que irão complementar o dispositivo aéreo que já contava com três helicópteros ligeiros. “São meios nacionais que podem ser usados por outros distritos”, porém está estacionado em Cernache e, por isso, “é uma mais-valia”. Um dos helicópteros também está em Cernache e os restantes na Lousã e na Pampilhosa da Serra.
Face à pandemia da Covid-19, o Comando Distrital “não vai utilizar grupos de combate”. “Vamos dividir as brigadas”, explicou, dando conta de que “cada equipa será constituída por cinco elementos”.
Apresentado o Plano de Operações no distrito de Coimbra, Carlos Luís Tavares reforçou que o lema continua a ser “Baixa Zero” e relembrou que “todos somos proteção civil”.