O presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) disse hoje na Rádio Boa Nova que não quer que “nenhum aluno abandone a escola por falta de recursos económicos”.
Carlos Veiga informou que “os serviços de ação social têm mecanismos para ir ao encontro das necessidades das pessoas”.
“Seja neste ano ou no próximo ano, as bolsas de ensino da direção geral de ensino superior têm mecanismos para quem a situação económica se alterou e isso tem quem ser feito logo. As pessoas não têm que ficar à espera de chegar à situação de carência”, defendeu esta manhã o presidente da ESTGOH no programa “Outras Conversas” da Rádio Boa Nova, referindo que os alunos devem contactar os serviços da escola, da Associação de Estudantes, ou até a si próprio. “Os apoios sociais existem a partir do momento em que o rendimento familiar per capita é inferior ao salário mínimo”, explicou o responsável.
Na Rádio Boa Nova, Carlos Veiga referiu que no ano passado a escola registou seis alunos que abandonaram escola, tratando-se de uma realidade anterior à pandemia. Agora num cenário de maiores dificuldades para as famílias, o responsável apela a que ninguém abandone os estudos sem esgotar os apoios de ação social a que tenham direito. “Há mecanismos de apoio que devem ser acionados e por vezes não são acionados por falta de informação. A escola está trabalhar neste sentido. Neste momento ainda é possível fazer alguma coisa. Dentro de algumas semanas já não vai ser possível, porque o semestre vai acabar”, alertou.
Na Rádio Boa Nova, Carlos Veiga explicou como a ESTGOH, que encerrou as suas portas no dia 11 de março, se adaptou diante da chegada da pandemia. “Definimos uma estratégia de emergência. Optamos por aulas síncronas. Numa semana fizemos esta adaptação. Temos vindo a avaliar e ajustando o modelo de ensino para tentar chegar a todos da melhor forma”, explicou o responsável, referindo que, neste momento a escola está fechada ao público, mantendo um serviço mínimo permanente. “Tem havido um esforço coletivo, que tem exigido um esforço maior de todos. Até ver as coisas estão a correr razoavelmente bem”.
Carlos Veiga estuda o arranque do novo ano letivo que deverá ser um misto de aulas presenciais e à distância, dependendo da evolução da pandemia Covid-19. No momento, as atenções centram-se no processo de avaliação do alunos. “Está assumido que todos alunos vão fazer avaliação à distância na época de avaliação contínua e final. Está em cima da mesa a possibilidade de se realizar uma época de avaliação presencial em julho, se estiverem reunidas as condições de saúde, segurança e conforto para os alunos que não tiverem aprovação na primeira época de avaliação”, explicou Carlos Veiga, notando que a esta fase também podem recorrer os alunos que se sintam prejudicados no processo de avaliação contínua e à distância.
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