O Presidente da República, o primeiro-ministro e os líderes partidários reúnem-se com diversos especialistas e com o coordenador da task force do plano de vacinação para uma nova avaliação da pandemia em Portugal.
Na 16.ª reunião sobre a ‘situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal’, a decorrer no Infarmed, em Lisboa, o especialista André Peralta Santos, da Direcção-Geral da Saúde (DGS), começou por verificar que “houve uma consolidação da tendência de descida” da incidência da pandemia no país, nos últimos 14 dias.
“Uma descida muito significativa e expressiva, portanto no número de novos casos, e estamos, ao dia 20 [de fevereiro], com uma incidência de 322 casos por 100 mil habitantes, e ainda com uma variação semanal de descida bastante acentuada”, precisou.
Contudo, sublinhou o responsável apresentando um gráfico, há regiões do país “ainda com incidências altas”, especialmente, “na região de Lisboa e Vale do Tejo, no Alentejo e no Centro”.
Ainda assim, “há só alguns municípios” que se mantêm “com uma incidência superior a 960” casos por 100 mil habitantes e “já há vastas regiões do território com uma incidência inferior a 240 casos por 100 mil habitantes”.
Segundo adiantou no especialista, o risco de transmissão de covid-19 (rt) está agora nos 0,67, o valor mais baixo desde o início da pandemia em Portugal e o valor mais da Europa.
Baltazar Nunes, especialista do Instituto Nacional da Saúde Dr. Ricardo Jorge, adiantou esta tarde, que a tendência de redução é acentuada sobretudo desde 22 de janeiro e está abaixo de 1 em todas as regiões do país, situando-se num valor abaixo do que tinha sido previsto.
Tendo em conta estes dados, é possível prever que, até à segunda quinzena de março, o número de casos estará abaixo dos 2400 e o número de camas ocupadas nem UCI estará abaixo das 300 (até ao final de março estará abaixo das 200).
No entanto, sublinha este especialista, “tudo isto vai depender do grau de implementação das medidas e dos comportamentos da população, assim como do controlo das novas variantes”.
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