No dia Mundial da Água, que ontem, se assinalou, sobressaiu em Oliveira do Hospital a “qualidade da água” que corre nas torneiras, e a aposta que tem sido feita na área do saneamento básico, num investimento de cerca de oito milhões de Euros.
Num cenário alusivo água e convidativo a apreciar o ciclo da água, instalado na Biblioteca Municipal de Oliveira do Hospital e que, ontem à tarde, contou com a visita de utentes da Arcial, o presidente da autarquia oliveirense destacou a qualidade da água que chega à casa dos oliveirenses. “Oliveira do Hospital tem uma das melhores águas do país que provém da Senhora do Desterro”, referiu José Carlos Alexandrino, notando que as análises “bastante rigorosas” apontam para “bons resultados”. “Bebam água da torneira como eu faço”, aconselhou.
Em Dia Mundial da Água, o autarca deu ainda conta do trabalho feito na área do saneamento básico, destacando as candidaturas em fase de aprovação, num investimento de 1,5 milhões de Euros e que permitem “acabar com todas as fossas sépticas no concelho”. A estas junta-se a requalificação da ETAR de Oliveira do Hospital, da responsabilidade da Águas de Lisboa e Vale do Tejo, num investimento de dois milhões de Euros.
A faltar ficam “pequenas pontas”, mas José Carlos Alexandrino acredita que “ficamos com concelho mais equilibrado a nível ambiental” nas áreas de saneamento e abastecimento de água, notando que “está em fase de adjudicação o abastecimento de água em Alentejo, Parceiro e Covão” e está a ser trabalhado projeto para o abastecimento de água ao glomerado da Adarnela. Contas feitas, a aposta do município ronda os oito milhões de Euros financiados em 50 por cento por fundos comunitários.
Às populações em que não é possível efetuar ligações de Saneamento Básico, o município vai assegurar, por via do pagamento da taxa de saneamento, a limpeza de fossas através de um veículo limpa fossas, de grandes dimensões, que vai ser adquirido no valor de 150 mil Euros. “Os esgotos deixarão de correr nos terrenos agrícolas”, referiu
Num olhar ao estado da água, José Carlos Alexandrino verificou ainda a qualidade da água dos rios Alva e Alvôco. Revelou-se menos otimista quanto ao rio Cobral devido a descargas de indústrias e, do Rio Mondego devido à radioatividade das minas da Urgeiriça, notando tratar-se de um problema “nacional”.
Em jeito de balanço, o autarca mostra-se satisfeito: “quando acabar este segundo mandato haverá muito pouco por fazer em relação a esta área”.