O Ministro da Ciência, Tecnologia e e Ensino Superior, Manuel Heitor, considerou esta tarde que a instalação da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) na EB1 da cidade é “uma boa ideia” e que será desenvolvido trabalho para “identificar as fontes de financiamento”.
“Eu nunca vi uma boa ideia que não tenha financiamento”, afirmou hoje o governante, admitindo que “não há um cofre cheio de notas”, mas que é preciso “procurá-lo”.
Acompanhado na visita à ESTGOH por Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, Manuel Heitor defendeu que é preciso “ir buscar o financiamento”. “Esta é uma boa ideia e cá estamos a trabalhar para identificar as fontes de financiamento. Estamos a planear o plano plurianual de financiamento europeu”, disse ainda o governante que, na visita à ESTGOH pretendeu “reconhecer o trabalho feito, mas também ajudar a projetar o futuro com mais conhecimento, com mais inovação”. Manuel Heitor considerou ainda que “o ensino superior não são só instalações”. “Vimos aqui pessoas muito mobilizadas. Estamos aqui para garantir que as instalações são sempre melhores”, observou.
Num ano em que a ESTGOH atingiu o limite de 605 alunos, o presidente do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) referiu, esta tarde, que a solução para a ESTGOH tem vindo a “ser adiada há alguns anos”, mas é chegada a altura em que “ela é obrigatória”.
“Precisamos, obrigatoriamente, de ter onde colocar os alunos em termos de espaço escola, mas também em termos de alojamento. Estamos aqui todos para tentar encontrar uma solução que dignifique o ensino superior na Beira Serra e o trajeto que esta escola tem feito dentro do panorama de ensino superior e captação global de alunos desde as ilhas a todo o continente”, afirmou Jorge Conde, defendendo que é preciso “tentar resolver o problema no mais curto espaço de tempo possível”.
A recordar a “ofensiva para fechar esta escola” e a lembrar que “houve quem não a deixasse fechar”, o presidente do Município de Oliveira do Hospital defendeu a ideia de instalar a ESTGOH no edifício da EB1 da cidade (espaço fica livre com a construção do Campus Educativo), no âmbito de um projeto que prevê a melhoria do espaço.
“É possível encontrar financiamento para o projeto de dois milhões de euros. Devemos começar já a trabalhar nesse projeto. A escola fica no meio da cidade, o que é um ganho para a cidade, e este espaço pode servir de retaguarda e apoio à ESTGOH”, explicou José Carlos Alexandrino.
Através de protocolos que venham a ser estabelecidos entre a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e o IPC, o autarca oliveirense espera ainda “resolver o problema da residência” para os estudantes. “Há aqui empenho da parte da Câmara e assumimos compromisso de ajudar a encontrar residência para estudantes e de começar a trabalhar o projeto da nova escola, para chegar aos fundos comunitários, porque estas instalações já não dignificam o ensino politécnico, o ensino superior, o concelho de Oliveira do Hospital, nem a região”, afirmou.
Esta tarde, o autarca anunciou ter iniciado conversações com a proprietária do Hotel S. Paulo (está desativado), que é a presidente da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, Dulce Pássaro, e com o presidente do IPC, para reconverter o Hotel S. Paulo em residência.
“É possível em conjunto construir-se ali uma residência, mantendo-se os donos do Hotel. Podemos melhorar globalmente as instalações onde se ensina e onde os alunos possam viver e possam ter quartos relativamente baratos”, afirmou o autarca
Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, verificou esta tarde que “a visita mostra que o IPC precisa de uma escola nova em Oliveira do Hospital”. “Para isso acontecer tem que ter o acordo do senhor Ministro. O senhor Ministro politicamente dá o acordo. A vontade existe. Há o envolvimento do senhor presidente da Câmara”, observou a governante, defendo que a ESTGOH deve ficar situada “num local central”.
“Queremos uma cidade vivida em que os jovens vivam e em que a sua existência também estimula a atividade económica”, disse Ana Abrunhosa, notando que “os fundos comunitários existem não para os edifícios, que são instrumentais, mas para que a partir desses edifícios possamos ter ensino de qualidade”.
Numa visita em que desafiou o município oliveirense a “avançar já” com o projeto para a readaptação do edifício da EB1, Ana Abrunhosa clarificou que “faltam fundos quando não há uma vontade e estratégia”. “Não há melhor uso dos fundos comunitários do que projetos como estes, que promovem a coesão e a vinda de jovens para este território”.
Também a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno acompanhou os governantes na visita à ESTGOH.