Marco Silva, um português acusado de ter matado e queimado o corpo da ex-companheira, Ana Lopes, também de nacionalidade portuguesa, no Luxemburgo, foi condenado, esta terça-feira, a prisão perpétua pela justiça daquele país. Vítima era natural do concelho de Seia.
Marco Silva, natural de Viseu, encontrava-se em prisão preventiva, no Centro Penitenciário de Schrassig, no grão-ducado, desde junho de 2017, após ter sido acusado de assassinar Ana Lopes, de 15 para 16 de janeiro desse mesmo ano, entre o Luxemburgo e França.
O crime foi descoberto após as autoridades terem encontrado cadáver da vítima e o seu carro carbonizados do lado da fronteira francesa, em Roussy-le-Village. Ana Lopes, de 25 anos, nasceu em Seia, e morava com os pais em Bonnevoie.
O ex-casal tinha um filho em comum. A relação tinha sido marcada por episódios de violência doméstica.
Na opinião do procurador, Marco Silva matou a ex-companheira três vezes. A primeira quando lhe tirou efetivamente a vida, a segunda quando deitou fogo ao carro que abandonou na fronteira francesa e a terceira quando tentou denegrir a imagem de Ana Catarina. “Ele simplesmente não quer deixar-lhe nada”, concluiu o magistrado, citado numa grande reportagem realizada pelo Contacto publicada a 12 de dezembro de 2020.
Ana Lopes foi dada como desaparecida a 15 de janeiro de 2017, em Bonnevoie, na cidade do Luxemburgo. Dois dias após o alerta de desaparecimento, o carro da portuguesa foi localizado em território francês, em Roussy-le-Village, perto da fronteira com o Grão-Ducado.
O carro estava completamente devorado pelas chamas. No interior, as autoridades encontraram um corpo carbonizado que mais tarde a autopsia confirmou ser o de Ana Lopes.
Fonte e foto: Contacto