No ano passado, mais 69 agregados familiares beneficiaram do programa de ajuda familiar do Banco de Recursos Sociais do Município de Oliveira do Hospital, que se juntaram aos 147 agregados “regulares”. No total, 216 agregados precisaram da ajuda do município para pôr comida na mesa.
Os números foram avançados pelo vice-presidente do Município de Oliveira do Hospital e vereador da Ação Social, que adiantou que, do conjunto dos 216 agregados apoiados, 72 foram apoiados em “regime de emergência, em SOS, devido à situação de pandemia” . Entre as pessoas apoiadas, 28 são alunos do ensino superior vindos de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Segundo José Francisco Rolo, os utentes regulares do Banco de Recursos Sociais são 147 agregados familiares, que correspondem a um total de 367 pessoas, das quais 62 são crianças.
A distribuição geográfica dos apoio,” tem a ver com a dimensão demográfica das freguesias”. “Naturalmente que a União de Freguesias (UF) de Oliveira do Hospital e S. Paio de Gramaços é aquela que tem mais casos, 72 agregados familiares, depois Nogueira do Cravo com 14, a UF de Ervedal e Vila Franca da Beira com 10 agregados e a freguesia de Seixo da Beira com nove agregados”, adiantou. Todos os apoios decorrem de avaliação técnica.
“Estes são números da importância que o município dá à ação social e das respostas à população mais vulnerável, numa altura de novo temporal depois dos incêndios. A pandemia tem provocado problemas e nós estamos atentos”, disse ainda o responsável.
Só no mês de dezembro e no âmbito do programa alimentar natalício, informou José Francisco Rolo, o Município investiu “mais de seis mil euros no apoio a famílias carenciadas. “É com sentido de responsabilidade e orgulho que participamos num executivo que tem uma reforçada sensibilidade social para os problemas que decorrem do momento. Como diz o senhor presidente, pode faltar dinheiro para fazer uma obra, mas nunca poderá faltar o dinheiro para dar apoio a famílias que estão em situação altamente vulnerável e em dificuldade”, sublinhou o vice-presidente do Município oliveirense.
José Carlos Alexandrino, presidente da Câmara Municipal, assegura que as pessoas que estão a ser apoiadas “não são só malandros e pessoas que não querem trabalhar”. “São pessoas que, pela sua vida ou porque caíram no desemprego, perderam os seus rendimentos”, referiu, notando a obrigação do Município em “defender estas crianças”.
“Bastaria olhar para o número de crianças que nós apoiamos”, observou o autarca, que deu os parabéns à equipa da Ação Social dirigida por José Francisco Rolo. “É verdade que temos acompanhado muito estas famílias. E fazemos bem. Foi o caminho que escolhemos e que vamos continuar a fazer”, assegurou José Carlos Alexandrino.
João Paulo Pombo Albuquerque, vereador do PSD, considerou que os números apresentados pelo vice-presidente “são agressivos”. Pelos bens que foram distribuídos pelas famílias – “250 litros de azeite, mais de dois mil litros de leite (entre outros bens)”, referiu – o vereador considerar tratar-se de situações de “fome”. “Isto que aqui está é fome”, frisou, considerando importante o apoio dado às famílias no âmbito da Ação Social concelhia.