A falta de intervenção na EN17 e o impasse em torno do IC6 volta a dominar a discussão na reunião da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital…
… que decorre desde cerca das 15h00, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.
Luís Lagos, do CDS-PP, defendeu uma nova luta que venha a ser liderada pelo presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital. “É preciso passar das palavras aos atos. Urge exigir ao governo o que é que vamos fazer ao IC6. Há IC6 ou não há IC6?”, defendeu o único deputado centrista neste órgão autárquico, notando que a estrada da Beira continua no mesmo estado: “um batatal”.
Do lado do PSD, Rafael Costa desafiou os deputados, os oliveirenses e gente da Beira Serra a “entupir” as caixas de e-mail dos “senhores” da empresa Infraestruturas de Portugal, com fotos do estado em que se encontra a EN 17, como “forma de protesto”.
“Todos queremos a EN 17 requalificada”, afirmou por seu lado, Carlos Maia, do PS, lembrando que “até já fizemos manifestações”. O deputado exaltou-se ao verificar a “hipocrisia política” do CDS e do PSD que “nunca lutaram contra o governo anterior”. Lembrou que foi o governo anterior, de coligação PSD- CDS que deixou cair a obra do IC6. “Sejam honestos e não sejam hipócritas”, afirmou Carlos Maia, assegurado que o PS continuará a “lutar pelo IC6”.
Já Raul Costa (PS) disse compreender a forma de “pressão” do CDS-PP. Disse que o executivo sabe que o PS está ao seu lado nesta luta. “Onde é que andou o PSD nestes quatro anos?” questionou o deputado, recordando que pelo contrário, Luís Lagos, do CDS, participou na manifestação realizada.
“Até agora tem havido muita porta fechada”
Em resposta às intervenções dos deputados, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital concordou que “houve palavras a mais”. “Um ano já é tempo de mais para a resolução deste problema”, afirmou José Carlos Alexandrino que, há cerca de um ano, liderou uma manifestação em prol das acessibilidades.
“Se alguém se sente frustrado sou eu e o meu executivo”, confessou o autarca, contando que “até agora tem havido muita porta fechada”. “É uma coisa que me angustia”, continuou José Carlos Alexandrino, que disse ter esgotado a sua paciência. Defendeu, por isso, a realização de uma reunião com os vários partidos com vista à preparação de uma nova forma de luta.