Foi com um grupo de alunos da Escola Básica do Vale do Alva que a Caule – Associação Florestal da Beira Serra comemorou o Dia Mundial da Árvore no concelho de Oliveira do Hospital.
À plantação simbólica de plátanos juntaram-se as preocupações em torno da prevenção da floresta contra incêndios.
Junto à Fonte das Barrocas, na EN230, em plena ZIF Alva e Alvôco, a Caule desafiou alunos do 2º ciclo para plantação de algumas árvores autóctones, os plátanos. Tratou-se de “uma ação de sensibilização para as questões da floresta” para alertar os jovens para a “a importância destas temáticas e importância das florestas”, explicou José Vasco Campos, presidente da Associação Florestal. Uma “ação simbólica” que se junta a outras ações de plantação promovidas pela Caule que, só neste ano, já resultaram na plantação de “dezenas de milhares de árvores”.
Em dia de comemorar a Árvore, José Vasco Campos fez eco das preocupações em torno da prevenção da floresta contra incêndios. “Há um trabalho que tem vindo a ser feito, mas de momento está atrasado devido ao atraso nos apoios comunitários”, referiu o responsável. Este é motivo de preocupação para o dirigente porque “a floresta não para, cresce todos os dias”. José Vasco Campos destaca a necessidade de um trabalho continuado e uma “gestão permanente”.
A par da prevenção, José Vasco Campos alerta os proprietários florestais para que não apostem na mesma espécie, como o eucalipto, e optem pela plantação de espécies autóctones. Outro “problema gravíssimo”_ verifica o dirigente associativo_ são as espécies invasoras, as mimosas. “É uma questão muito grave”, verifica, notando a importância de cada proprietário “fazer combate às acácias nas suas propriedades”.
O Município de Oliveira de Oliveira do Hospital associou-se à iniciativa promovida pela Caule. José Carlos Alexandrino destacou a importância da ação junto da comunidade educativa, assim como o “apreço” pelo “trabalho excelente” desenvolvido pela associação. Também o autarca partilhou das preocupações de José Vasco Campos. “Acho que é preciso agilizar o quadro comunitário dentro da floresta”, referiu, destacando o bom resultado conseguindo através dos projetos de prevenção da floresta contra incêndios, nomeadamente os “mosaicos” e os “estradões”. “Não podemos entender a interrupção do programa, devemos é melhorá-lo para travar os incêndios”, frisou.