Os avós de uma bebé de sete meses que se encontra no autodenominado Reino de Pineal estão a lutar na Justiça para retirar a neta do interior da comunidade instalada no Seixo da Beira, temendo as condições em que se encontra. Segundo os próprios, não conseguem convencer a filha a regressar a casa, mas querem pelo menos conquistar a guarda da criança para garantir-lhe saúde, alimentação e educação.
Segundo avança a Revista Visão, os avós vivem numa “angústia” nos últimos sete meses. Na antiga Quinta dos 7 poços, uma neta nasceu e vive em condições que desconhecem.
A mãe, Cátia Guerreiro, integrou o Reino do Pineal há três anos e lá conheceu o companheiro. Sob a regras da comunidade teve uma gravidez não acompanhada até dar à luz a 7 de dezembro.
Os avós acreditam que o bebé nunca terá sido visto por um médico ou sequer vacinada. Dizem-se “impotentes perante a decisão de vida da filha que admitem ter perdido”.
À SIC, o avô Manuel Guerreiro dizer temer pelas condições em que se encontre, mas que para já vai confiar a segurança da neta à intervenção das autoridades.
Em curso, uma luta judicial. Primeiro, registaram-na na Conservatória, recorrendo a duas testemunhas. Deram-lhe até um nome, Maria Madalena, um passo que a torna uma cidadã portuguesa. Seguiu-se o pedido da guarda da neta, requerido ao tribunal de família e menores.
Se os técnicos da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens foram impedidos de entrar no Reino do Pineal, a mãe, Cátia Guerreiro, pode acabar por ser forçada a responder em tribunal.