Perante o coletivo de juízes, em Aveiro, o homem que responde por um crime de incêndio e outro de violência doméstica admitiu que ateou fogo com um isqueiro a um lençol num dos quartos da casa e diz que a ideia lhe “passou pela cabeça com os ciúmes”, relata a Agência Lusa. Os crimes ocorreram em Oliveirinha, Aveiro, há cerca de um ano e meio.
No julgamento, o arguido contou ainda que, antes de atear fogo à casa, telefonou à companheira, que se encontrava num café com a filha e um amigo, a avisar o que ia fazer. Se não tivesse sido a rápida ação dos bombeiros, que salvaram este homem, “o fogo ter-se-ia propagado a todo o edifício”, diz o Ministério Público (MP).
O homem admitiu igualmente a existência de discussões no seio do casal motivadas por ciúmes, por desconfiar que a companheira lhe era infiel. Confessou, numa dessas discussões, ter pegado numa faca de cozinha e desferido um golpe na barriga da companheira, negando contudo outras agressões, e disse não se lembrar de a ter injuriado.
O arguido disse ainda estar disponível para realizar despiste à problemática aditiva alcoólica e, caso seja necessário, sujeitar-se a tratamento psiquiátrico.
O incêndio na habitação composta por dois pisos, situada em Oliveirinha, Aveiro, ocorreu a 20 de maio de 2022. Segundo a acusação do MP, após uma discussão, o arguido ateou fogo à roupa da cama num dos quartos da habitação e as chamas alastraram-se ao 1º andar da habitação que ficou destruído.