O Município de Arganil vai ter 24 novos Condomínios de Aldeia, fruto das 11 candidaturas que viu aprovadas no âmbito deste programa destinado a dar apoio e tornar mais resilientes as localidades em territórios vulneráveis de floresta.
Arganil é o município do país com maior número de projetos aprovadas, contando com um investimento elegível que ultrapassa os 580 mil euros, provenientes do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), através do Fundo Ambiental.
Os projetos abrangem aldeias de 11 das 14 freguesias e uniões de freguesia do concelho: Alqueve; Caratão; Foz de Égua; Mourisia; Parrozelos; Valado; Monte Frio; Pardieiros; Sardal; Caratão; Linhares; Jurjais; Barroja; Corgas; Murganheira; Pombeiro da Beira; Vale Diogo; Barreiros; Fundo da Ribeira; S. Martinho da Cortiça; Casal Novo; Relvas; Machorro e Vila Cova de Alva.
O presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, evidencia o papel protetor e revitalizador dos projetos aprovados. O objetivo passa por tornar Arganil num concelho mais resistente a catástrofes naturais, mais capaz de antever e monitorizar riscos; mais preparado para garantir a segurança de todos e evitar incidentes com a dimensão e gravidade dos incêndios de outubro de 2017.
As operações vão intervir diretamente em mais de 300 hectares, ao redor das aldeias, e destinam-se a assegurar a redução do volume de vegetação disponível para arder, com recurso à instalação de sistemas agroflorestais, pomares e pastagens, e também através da recuperação de socalcos, levadas, muros e linhas de água. Estas ações vão permitir revitalizar e viabilizar a prática agrícola, tornando-os espaços úteis e produtivos para as populações.
“Desde que vimos aprovadas as duas primeiras candidaturas ao abrigo deste programa, há um ano, que o nosso objetivo é expandir este projeto a todo o concelho e torna-lo mais resiliente, seguro, rentável e proveitoso para as pessoas que vivem nestas localidades”, explica o presidente da Câmara. Foi com esse propósito que o Município de Arganil trabalhou em articulação com as juntas de freguesia, comissões e associações de compartes nos últimos meses, daí resultando o número recorde de candidaturas aprovadas.
“É evidente para todos, sobretudo para quem viveu na pele os incêndios de outubro de 2017, que a proteção das nossas aldeias, rodeadas por floresta e tão expostas aos fogos, é absolutamente determinante”, frisou Luís Paulo Costa.
As ações levadas a cabo nas 24 aldeias do concelho de Arganil propõem-se também a incentivar e sensibilizar os proprietários para a gestão dos terrenos e promoção da ocupação do solo com atividades geradoras de rendimento, seguindo práticas regenerativas. O envolvimento e participação da comunidade local é fundamental, tendo em vista a continuidade das boas práticas rurais.
No terreno desde o ano passado estão já os Condomínios de Aldeia de Enxudro e Relva Velha, pertencentes respetivamente à freguesia de Benfeita e à União das Freguesias de Cerdeira e Moura da Serra.