Já quando o incêndio estava dominado em Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo justificava a sua angústia perante a falta de meios no combate às chamas que devastaram, de novo, o seu concelho.
O autarca, que mostrou o seu desespero e criticou a falta de meios e descoordenação quando o incêndio estava na “iminência de atravessar o rio”, defendeu que “poderíamos ter tido menor área ardida se tivessem ouvido o autarca e os comandantes de Oliveira do Hospital”.
Em entrevista à CNN Portugal, José Francisco Rolo referiu que “por vezes temos que elevar a voz”. “É preciso que haja diálogo e que ouçam quem conhece o terreno e a dinâmica do fogo e como ele se comporta em Oliveira do Hospital”, referiu.
Para o presidente do Município oliveirense, é “evidente” a necessidade de haver uma “mudança estrutural” e, segundo o próprio, “quem manda sabe que tem que mudar”.
“Os meios aéreos são essenciais”, frisou, dando conta de que “só depois de alguma gritaria é que houve a devida resposta”. “Depois de horas e horas de insistência, no limite da desgraça, é que verificámos os meios aéreos no local e isso é desesperante para as populações”, sublinhou.
A enaltecer o “mérito” dos bombeiros, da Proteção Civil Municipal e dos comandantes das corporações dos concelhos, Rolo alerta que é necessário “preparar o futuro”, nomeadamente com o “reforço de meios aéreos”.