O levantamento dos prejuízos que os incêndios causaram na região Centro deverá estar concluído no final da próxima semana, revelou esta quarta-feira a vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, Alexandra Rodrigues.
Em declarações à agência Lusa, Alexandra Rodrigues informou que a CCDR do Centro, que ficou com a incumbência de fazer o levantamento dos prejuízos no terreno, reuniu na terça-feira com os autarcas dos municípios afetados pelos incêndios da semana passada.
“Nesse sentido, as autarquias participaram nesta reunião com muito empenho, porque sabem que têm de o fazer de forma muito célere, cabendo depois ao Governo a definição das estratégias e do tipo de apoio para as situações identificadas”, referiu.
De acordo com a vice-presidente da CCDR do Centro, o levantamento que está a ser realizado incide na área da habitação, agricultura e património.
“Ainda não temos números finais, esse trabalho vai ser feito nos próximos dias, em grande proximidade com as autarquias, no terreno. Os nossos técnicos estão disponíveis para acompanhar as ações e prestar todos os esclarecimentos”, sustentou.
À Lusa, disse ainda que a CCDR do Centro tem uma equipa que está dedicada a esta matéria em exclusivo e, embora os dados ainda não sejam definitivos, têm já uma noção de quantas casas de primeira habitação poderão vir a precisar de intervenção, bem como o número aproximado de empresas.
O Conselho de Ministros aprovou hoje “medidas de apoio e recuperação dos danos causados pelos incêndios de 16 a 19 de setembro”, disse à Lusa fonte do Governo. As medidas em detalhe serão apresentadas no ‘briefing’ do Conselho de Ministros às 16h00 no Campus XXI pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial.
Na quarta-feira à noite, no programa “Grande Entrevista” na RTP3, o ministro Castro Almeida anunciou que o Governo iria adiantar, desde já, 100 milhões de euros para dar liquidez às comissões de coordenação e desenvolvimento regional, de forma a suportar as despesas mais imediatas até ao final do ano.
Na mesma ocasião, Castro Almeida disse que este adiantamento deve chegar ao terreno dentro de duas a três semanas.
LUSA