A Campanha de Segurança Rodoviária “Ao volante, o telemóvel pode esperar”, realizada entre os dias 28 de novembro e 4 de dezembro, detetou 10.900 infrações, das quais 427 relativas ao uso indevido do telemóvel durante a condução. Durante aquele período foram fiscalizados 47.800 veículos em Portugal, referem as autoridades em comunicado enviado à Rádio Boa Nova.
Na ação da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP), foram registados 2.937 acidentes, de que resultaram 6 vítimas mortais, 38 feridos graves e 814 feridos leves.
Relativamente ao período homólogo de 2022, verificaram-se mais 244 acidentes, menos 1 vítima mortal, mais 13 feridos graves e mais 94 feridos leves.
Os acidentes com vítimas mortais ocorreram nos distritos de Vila Real, Braga, Viana do Castelo, Porto, Aveiro e Setúbal.
As 6 vítimas mortais, 5 das quais do sexo masculino, tinham idades entre 18 e 74 anos.
Estas vítimas mortais resultaram de 3 atropelamentos e 3 despistes, envolvendo ao todo 4 veículos ligeiros, 1 veículo pesado, 1 motociclo e 1 ciclomotor.
Os atropelamentos verificaram-se em 2 estradas nacionais e 1 arruamento, enquanto os despistes ocorreram em 2 arruamentos e 1 ecopista.
Esta foi a última das 11 campanhas de sensibilização e de fiscalização planeadas no âmbito do Plano Nacional de Fiscalização de 2023.
Na campanha foram sensibilizados 354 condutores e passageiros, a quem foram transmitidas as seguintes mensagens:
A utilização do telemóvel durante a condução aumenta em quatro vezes a probabilidade de ter um acidente e provoca um aumento no tempo de reação a situações imprevistas superior ao efeito de uma taxa de álcool no sangue de 0,8 g/l.
A distração ocorre quando duas tarefas mentais, conduzir e utilizar o telemóvel, são executadas ao mesmo tempo, o que provoca lapsos de atenção e erros de avaliação;
O uso de aparelhos eletrónicos durante a condução causa dificuldade na interpretação da sinalização e desrespeito pelas regras de cedência de passagem, designadamente em relação aos peões.
As autoridades realçam que a sinistralidade rodoviária não é uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser evitadas através da adoção de comportamentos seguros na estrada.