A ministra da Saúde e a diretora-geral da Saúde apresentaram, esta quarta-feira, o plano de vacinação para a covid-19 e gripe para o outono/inverno, que vai arrancar dia 5 de setembro. A campanha prevê a coadministração das vacinas em idosos, pessoas com mais de 18 anos com doenças graves, profissionais de saúde e utentes de lares e cuidados continuados.
Vincando que atravessamos uma “face de proteção dos mais vulneráveis”, a ministra lembrou que depois, no outono/inverno, “vamos entrar num novo período, onde os vírus respiratórios e temperaturas mais baixas tendem a agudizar as patologias dos mais vulneráveis. Por isso, temos de estar preparados“.
Serão, por isso, “duas campanhas de vacinação sazonal”, uma contra a gripe, que também “terá este ano uma especificidade”, tendo já sido autorizada uma despesa “de 15 milhões de euros”, e 6,9 milhões de vacinas disponíveis para a vacinação contra a covid-19.
“Sabemos que o plano é desenhado num contexto de algumas incertezas – novas variantes, eficácia das vacinas, aparecimento de novas vacinas – mas estamos preparados para incorporar essas alterações caso seja necessário”, garantiu a ministra da Saúde, antes de passar a palavra à diretora-geral da Saúde.
O plano será desenvolvido “com as vacinas disponíveis” na altura, adiantou Graça Freitas, esclarecendo que pode ser adaptado a novos pressupostos.
“Para a gripe, as grávidas já estão contempladas e as crianças com patologia crónica. Neste momento, a ciência está a dar-nos pistas e a comissão técnica de vacinação está a estudar a possibilidade de também para a covid-19 poderem ser vacinadas as crianças e as grávidas, mas é apenas uma possibilidade”, referiu Graça Freitas.
O plano vai começar a ser posto em prática dia 5 de setembros nos lares, rede de cuidados continuados e pessoas com 80 ou mais anos. Nas segunda e terceira semanas de setembro, começarão a ser vacinadas as pessoas com 70 ou mais anos e, cerca de um mês depois, as pessoas com mais de 65 anos, avançou Graça Freitas, que espera ter todas as pessoas elegíveis vacinadas em dezembro.
A diretora-geral da Saúde revelou que há, porém, “uma grande novidade: para aumentar a proteção será aplicada, pela primeira vez em Portugal, uma vacina da gripe tetravalente reforçada, uma vacina especial“, mas apenas para residentes em lares, disse Graça Freitas.