A encerrar mais uma temporada do Vice-Versa na Rádio Boa Nova, os comentadores do programa de debate político fazem, hoje, uma antevisão do que serão os próximos meses no concelho de Oliveira do Hospital, no âmbito da luta política para as eleições autárquicas marcadas para o dia 12 de outubro.
No programa que vai para o ar esta terça-feira (15), às 21h00, o representante do Partido Socialista, (PS), que não descarta a sua recandidatura ao lugar de deputado na Assembleia Municipal, adivinha um “combate político” , sobretudo “nas freguesias”. “Obviamente, que haverá algumas, não direi todas, onde efetivamente vai haver uma luta cerrada entre diversas entidades, diversos partidos, diversas coligações, obviamente que vão ser eleições disputadas”, refere Rui Monteiro que, ainda assim, não tem dúvidas de que “o Partido Socialista apresentar-se-á nas próximas eleições, em qualquer uma das autarquias, seja Câmara Municipal, seja Assembleia Municipal, com uma candidatura para ganhar”. Sem capacidade para prever o futuro – “prognósticos, só no fim do jogo”, ironizou – reitera a capacidade do partido se apresentar a eleições “para ganhar”.
Ainda que Rui Monteiro aponte o nome de Mário Alves como cabeça de lista do PSD à Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, o próprio considera que isso “é irrelevante”. “Relevante é, efetivamente, nós estarmos imbuídos e envolvidos dentro de um projeto diferente, de um projeto para as gentes de Oliveira do Hospital. É irrelevante se vou, se não vou. As pessoas só devem participar se acrescentarem algo. Nós não devemos lutar por lugares, devemos lutar por ideias, por projetos”, refere o ex presidente da Câmara Municipal. Para Mário Alves, o que “mais importa é fazer um apelo à consciência cívica dos oliveirenses para que, primeiro, participem ativamente no processo de construção de listas e depois, naturalmente, no processo eleitoral”. Defende “uma discussão de forma urbana, em que não haja ataques de caráter ou de identidade ou de personalidade”, rejeitando também alinhar “com aquelas teses que o passado…”. “Não, não há passado, há presente e há futuro, comenta.
A representar o CDS-PP no Vice-Versa, Rafael Dias veste a camisola da candidatura “Oliveira, o Motivo” da qual vai resultar, depois das eleições, um “movimento associativo”. A questionar se “faz algum sentido nos últimos 20, 30 anos da política oliveirense termos as mesmas cabeças de cartaz”, o jovem dirigente dos centristas responde que “não” e defende, por isso, o projeto “Oliveira, o Motivo”. “Somos uma candidatura jovem, somos uma candidatura de rutura com aquilo que é o status quo de Oliveira do Hospital e não temos problemas nenhum em assumir isso”, afirma no debate, onde denuncia os “condicionamentos” e o “medo”que as pessoas, nomeadamente “funcionários da Câmara Municipal” têm “de se envolverem em candidaturas opostas” às do Partido Socialista.
Do lado da CDU, João Dinis confirma no programa que é candidato à novamente autónoma Junta de Freguesia de Vila Franca da Beira, de onde é natural e onde já exerceu essas funções durante 12 anos. “Foi a maior honra da minha vida”, sublinha, garantindo que continua a ter “motivação” e “energia” para ir à luta, na certeza porém de que “não são favas contadas”. Adianta também que a CDU “não deixará de apresentar os seus candidatos à Câmara Municipal e Assembleia Municipal” e que “é natural que o atual presidente da Junta de Freguesia da CDU se recandidate”.
O programa Vice-Versa vai ser transmitido às 21h00 na Rádio Boa Nova, em 100.2 FM, na App e na emissão online. Vai depois ficar disponível em formato podcast.