Na habitual rubrica de quinta-feira, “Voz dos Autores” do programa “Manhãs da Rádio Boa Nova”, Jorge Ramos esteve hoje à conversa com Rui Pereira.
Rui Pereira nasceu em 1966, em Beja e, com quatro anos, emigrou para França e só regressou a Portugal com 18 anos. Este é, sem dúvida, o verdadeiro legado que carrega em si: “personalidade, cultura, uma pronúncia e esse qualquer indefinido que nos diz que sou de lá sem o ser”.
“Em mim, sempre tive um certo dom pelo desenho e a arte criativa que faziam a minha diferença perante os meus colegas. A vida depois, foi o normal de qualquer vida. Há quatro anos, decidi, talvez por essa necessidade quase hormonal de um reencontro, de voltar à arte. Primeiro pelo desenho, onde procurei um estilo sem lá chegar, e após isso nos poemas. Neles, as emoções e os sentidos são as minhas referências poéticas, que mostro numa forma metafórica; neles, tento agarrar a intensidade dos momentos. Tento chegar através das histórias, que todos temos na memória, a um poema que seja uma emoção vivida por cada um de nós. É esse o meu caminho, é isso o que me percorre as veias… a emoção. O sentir o que é a vida”, refere o autor.