A Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, efetuou uma visita oficial de dois dias a territórios do Centro de Portugal, onde conheceu de forma aprofundada alguns projetos turísticos em curso ou em estudo na região.
A visita, nos dias 27 e 28 de fevereiro, foi acompanhada por uma delegação do Turismo Centro de Portugal, incluindo o seu presidente, Pedro Machado, por autarcas e empresários e por elementos do gabinete da Secretaria de Estado e do Turismo de Portugal.
No final, a governante sublinhou aos jornalistas que o balanço da visita foi “muitíssimo positivo”. “Foram apresentados projetos muito ambiciosos, que corporizam a nossa Estratégia Turismo 2027 em vários domínios, como o turismo espiritual, o turismo cultural ou o turismo de natureza. Estou muito grata à Entidade Regional de Turismo por ter proporcionado este momento, porque só sabendo o que existe no terreno é que podemos decidir bem”, disse.
No primeiro dia da deslocação, a comitiva começou por fazer uma visita guiada ao Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento. A governante ficou também a conhecer o impacto que o festival “Vapor: A Steampunk Circus” tem na região.
A etapa seguinte da visita aconteceu em Vila Nova da Barquinha, tendo a governante sido recebida no salão nobre da autarquia pelo autarca Fernando Freire.Aqui foi também apresentado o projeto Bark – Biopark Barquinha, um investimento privado que, como sublinharam os seus promotores, João Paulo Rodrigues e Pedro Costa, tem como temas centrais o turismo de natureza e a conservação de espécies animais em perigo de extinção. Este é um parque temático de 40 hectares, com animais de todo o mundo.
Depois, a comitiva deslocou-se à Quinta S. João Batista, em Riachos, Torres Novas, para conhecer o projeto de enoturismo e ecoturismo pensado para este espaço, que se apresenta como reserva da biodiversidade. No local, foi recebida pelo presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, Pedro Ferreira.
O destino seguinte foi o Sardoal, onde a secretária de Estado tomou contacto com a Casa Grande ou Casa dos Almeidas, edifício histórico situado no centro da vila e que está projetado para ser um hotel.
A etapa seguinte foi Castelo Branco, nomeadamente o Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco, onde se pôde observar ao vivo o trabalho das bordadeiras.
O primeiro dia terminou com um jantar no Convento do Seixo, no Fundão, uma unidade hoteleira de referência na região.
O segundo dia da deslocação oficial começou com uma visita ao projeto New Hand Lab, na Covilhã, um laboratório criativo dedicado às artes que nasceu numa antiga fábrica de lanifícios, a antiga fábrica António Estrela.
Sem perder tempo, a comitiva rumou a Belmonte, onde conheceu o Museu Judaico, repositório de uma História com muitos séculos que atesta a presença de uma importante comunidade judaica na região – presença que se mantém até aos dias de hoje.
A manhã terminou na Guarda, onde Rita Marques ficou ao corrente de alguns projetos estruturantes a nível turístico previstos para a cidade mais alta do país, como a FIT – Feira Ibérica de Turismo, os Passadiços do Mondego, o Centro Náutico em altitude, o Centro Interpretativo da Cultura Judaica ou a candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027.
À tarde, a comitiva deslocou-se a Fornos de Algodres, onde foi recebida pelo presidente da autarquia, António Fonseca. Neste município, ficou ao corrente do projeto Vale das Lobas, um aldeamento turístico que aposta na sustentabilidade e que foi apresentado pelo promotor, Tony Conway.
A Casa do Passal, em Cabanas de Viriato, concelho de Carregal do Sal, foi o destino seguinte da visita. Esta casa tem um grande significado histórico, uma vez que era aqui que vivia o cônsul Aristides de Sousa Mendes, cujo papel no salvamento de judeus na II Guerra Mundial lhe granjeou o título de “Justo entre as Nações”.
A deslocação oficial da Secretária de Estado do Turismo teve o seu desfecho no Museu do Azeite, importante equipamento turístico na aldeia da Bobadela, concelho de Oliveira do Hospital, onde a governante foi recebida por uma delegação da autarquia, liderada por José Carlos Alexandrino, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, e pelo vice-presidente Francisco Rolo. A visita guiada ao museu, que conta a história da produção de azeite desde a época romana até à atualidade, foi conduzida por António Dias, empresário do setor e promotor do projeto.