Um incêndio no centro da cidade de Viseu consumiu, esta segunda-feira, um edifício, deixou outro parcialmente destruído e provocou, pelo menos, três desalojados e um ferido ligeiro, que foi assistido no local.
Segundo Rui Nogueira, dos bombeiros de Viseu, pelas 18h00, o incêndio foi dominado. “Temos um prédio multifamiliar afetado que, segundo informações estaria devoluto, portanto, desabitado, e esse foi totalmente afetado”, explicou.
O comandante em suplência dos Bombeiros Sapadores de Viseu acrescentou que um segundo edifício também foi atingido pelas chamas, que ficou “afetado parcialmente na cobertura e no piso mais alto, num prédio também multifamiliar de três pisos”.
Os três desalojados “não são uma família, uma vez que o edifício tinha vários quartos alugados e, portanto, são pessoas isoladas”, com o mais novo “a rondar os 30 anos e o mais velho com 53”.
Rui Nogueira explicou que os bombeiros fizeram “a evacuação completa dos dois prédios contíguos, quer mais a nascente, quer mais a poente” e “daí não ter havido necessidade de assistir ninguém”,
As causas “vão ser apuradas pela PSP” e, “segundo as testemunhas iniciais, o incêndio terá começado no prédio desabitado”.
“À nossa chegada, a progressão vertical do incêndio já evoluía com grande violência, portanto, foi um incêndio com uma propagação muito rápida, muito violento, rapidamente chegou à cobertura”, relatou.
Este responsável contou que “os meios demoraram dois minutos” a chegar ao local, uma vez que estavam “em trânsito de um outro incêndio”, e, portanto, “foram desviados para o início da intervenção e já o incêndio estava na cobertura dos dois prédios”.
“Não seria possível contê-lo mais cedo”, sublinhou o comandante, que apontou “constrangimentos” no início do combate, uma vez que se tratou de um incêndio “em plena luz do dia, com muita gente a passar numa das principais artérias da cidade”.
Ou seja, continuou, “isso traz os constrangimentos naturais a uma operação destas, que é complexa, mas que se considera, até ao momento, foi extremamente eficaz atendendo que não progrediu para mais nenhum edifício”
O alerta foi dado pelas 16h49 e, pelas 18h00, altura em que foi dado como dominado, estavam no local 20 veículos, com 60 operacionais dos Bombeiros Sapadores de Viseu e dos Voluntários de Viseu, de Mangualde e de Tondela.
Estiveram ainda meios da PSP, da Polícia Municipal, do INEM, dos serviços municipalizados de água e saneamento da Câmara de Viseu, assim como o presidente e vice-presidente da autarquia, Fernando Ruas e João Paulo Gouveia, respetivamente, e o presidente da Junta de Viseu, Diamantino Santos.
João Paulo Gouveia disse aos jornalistas que a autarquia “está a desenvolver os meios da ação social para que as pessoas possam ficar em segurança e em conforto já esta noite”.