Perto de quatro dezenas de elementos da GNR concentraram-se hoje, ao final da tarde, à porta do Posto Territorial da GNR de Oliveira do Hospital numa vigília, em jeito de protesto, por melhores condições salariais, exigindo um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.
O protesto, que surge no seguimento de outras manifestações que têm acontecido um pouco por todo o país, contou com a participação dos efetivos do posto de Oliveira do Hospital e de elementos do posto da GNR de Seia e Gouveia.
Sérgio Fernandes, do posto de Seia, foi um dos militares da GNR que se juntou ao protesto para “mostrar que no interior, apesar da distância dos grandes centros, também estamos solidários com os camaradas do resto do país, GNR, PSP e guardas prisionais”.
O objetivo é o de “fazer ver que, pelo país todo, incluindo as zonas mais afastadas dos grandes centros, onde ainda há gente e há vida, também estamos a sentir a diferenciação que este governo optou por fazer, quase no final da legislatura, disse à Rádio Boa Nova.
Militar do destacamento da GNR de Gouveia e dirigente da Associação dos Profissionais da Guarda, Miguel Gouveia também marcou presença em Oliveira do hospital. À Rádio Boa Nova assegurou que os protestos levados a cabo “são sempre dentro da lei, do limite que nos é permitido e da nossa dignidade”.
“Nós somos força de segurança. Fazemos cumprir a lei, cumprimos a lei e os nossos protestos serão sempre dentro da legalidade”, garantiu.
A reivindicar o que “é justo e digno”, o dirigente acredita que a população entende a justiça do protesto “até que se seja concedido o suplemento que é reclamado”.
A vigília, que decorreu de forma silenciosa e ordeira, seguiu até ao largo Ribeiro do Amaral, no centro da cidade de Oliveira do Hospital.
O protesto decorreu sob o olhar dos muitos oliveirenses que, àquela hora, passavam a pé ou de carro naquela que é uma das artérias mais movimentadas da cidade de Oliveira do Hospital.