João Paulo Pombo Albuquerque, único vereador do PSD, no executivo municipal de Oliveira do Hospital propôs, hoje, um entendimento com o Instituto de Emprego e Formação Profissional …
… (IEFP) para a criação de equipas de trabalho destinadas a travar o fenómeno da eucaliptização.
Ainda antes da ordem do dia da primeira reunião pública da autarquia oliveirense, o social democrata pegou no tema da reflorestação, para sugerir que os “desempregados e beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI)” sejam chamados para a realização de trabalhos de limpeza e arranque de eucaliptos, em especial na faixa de segurança. “Não quero ver o concelho transformado num eucaliptal”, disse João Paulo Pombo Albuquerque.
“Estou absolutamente de acordo porque é dinheiro público”
Lembrando que foi o primeiro presidente de Câmara que, no país, alertou para o perigo em torno da regeneração natural dos eucaliptos, nas zonas afetadas pelo grande incêndio de outubro, José Carlos Alexandrino disse ver com bons olhos a proposta do vereador. “Não sei se é possível ou não, porque há gente do rendimento mínimo que se tem tornado em profissionais da formação. Se estão a ser subsidiados, podem ser requisitados pela Câmara Municipal e Juntas de Freguesia para esse trabalho. Estou absolutamente de acordo porque é dinheiro público”, afirmou o autarca, referindo que o município tem procedido à marcação de eucaliptos e outras árvores na faixa de 10 metros, com vista ao abate pelos seus proprietários, substituindo-se a estes no caso de não atuarem em conformidade. Alexandrino assegurou que a madeira cortada será depois vendida em leilão.
Esta manhã, o autarca oliveirense mostrou-se disponível para falar com responsáveis pelo IEFP. “Logo veremos. Mas, continuo muito preocupado com a progressão do Eucalipto”, referiu José Carlos Alexandrino, lembrando que o município vai avançar com o investimento de um milhão de euros na aquisição de árvores autóctones para serem distribuídas pelos proprietários de terrenos.
João Paulo Pombo Albuquerque verificou, por fim, que o envolvimento dos desempregados e beneficiários do RSI é “uma forma de as pessoas fazerem alguma coisa pelo concelho”. Notou, contudo, que o problema da eucaliptização “é grande” e “o Estado tem que interferir, quer queira, quer não”.