O Pavilhão Serafim Marques viveu, no passado sábado, “um momento de alegria, mas acima de tudo de alívio”. É desta forma que Cláudio Figueiredo, treinador do Sampaense Basket, descreve a vitória na última jornada da segunda fase regular da Proliga, que garantiu a manutenção à equipa de S. Paio de Gramaços.
“Já é o segundo ano consecutivo em que a decisão acontece somente na última jornada”, começou por referir o técnico em entrevista à Rádio Boa Nova, considerando que “não é fácil controlar todas as emoções e a pressão do jogo”, mas que “faz parte do desporto”.
Recordando que em épocas anteriores o plantel sénior conseguia ir aos PlayOff e chegou a marcar presença na 1ª Liga, Cláudio Figueiredo não hesita em afirmar que “a Proliga está cada vez mais competitiva e mais forte, com jogadores de alta qualidade”.
“Temos a noção que, nestas últimas duas épocas, não conseguimos atingir um outro objetivo que seria jogar para os PlayOff para depois podermos sonhar com um bocadinho mais, como voltar à 1ª Liga”, defendeu, sublinhando ainda assim que “o principal objetivo era garantir a manutenção o quanto antes”.
O desejo de querer mais e melhor continua, claro, porém “no interior do país é difícil aliciar jogadores com qualidade” e, assim sendo, “o clube terá que viver com esta dificuldade”.
“Vai ser cada vez mais difícil conseguir alcançar outro tipo de objetivo a não ser só a manutenção”.
Apesar do “sabor amargo” em assegurar a manutenção na última jornada, o técnico está “acima de tudo orgulhoso porque, ano após ano, o Sampaense tem feito um bom trabalho e tem sido um orgulho para o concelho e para a região”.
Cláudio Figueiredo, que não gosta de “falar na primeira pessoa”, está orgulhoso do seu trabalho “enquanto treinador”, assim como do empenho dos jogadores, da equipa técnica e da direção, uma vez que, apesar das limitações, foi possível “construir um grupo unido”.
“Foi uma época muito desgastante, foi difícil gerir tudo isso”, frisou, recordando as baixas de jogadores por lesões e Covid-19”.
A esta altura, “a precisar de desligar”, o técnico afirma que “é tempo de analisar e conversar com a direção, discutir o que se pode fazer para a próxima época e quais os objetivos”. Enquanto treinador não esconde a “ambição de querer mais”, mas será “com todo o gosto” que representará o Sampaense no futuro caso o convite seja feito.