Rui Rio, presidente do PSD, realizou ao final da manhã de hoje uma arruada na cidade de Oliveira do Hospital com o candidato à Câmara Municipal pela coligação “Construir o Futuro”, Francisco Rodrigues e durante a qual ouviu queixas sobre a falta do IC6.
O assunto marcou a vinda do líder nacional do PSD a Oliveira do Hospital que não hesitou em considerar que a “Câmara Municipal de Oliveira do Hospital é uma das que nós acreditamos que, apesar da enorme distância que herdamos, conseguimos vencer pela dinâmica que existe e pelo desprezo a que o próprio Governo do PS tem votado esta pequena região, designadamente Oliveira do Hospital”.
Em declarações aos jornalistas, Rui Rio centrou-se exatamente no troço de estrada que falta construir até Oliveira do Hospital. “Com um pequeno investimento de cerca de 40 milhões conseguia-se a ligação deste concelho ao IC6, que é absolutamente vital quer para as pessoas, quer para o tecido empresarial, porque é um investimento pequenino para apoiar as empresas”, defendeu. Considerou que “para quem ganha mil euros, 40 milhões de euros é muito dinheiro, mas para um governo que anda em cada canto e cada esquina a anunciar milhões, e mil milhões e que diz que tem uma bazuca de 16 mil milhões, obviamente que 40 milhões é uma coisa insignificante e que não está no PRR (Plano de Recuperação e Resiliência).
Rui Rio deu assim eco à preocupação que foi manifestada por João Brito, empresário oliveirense na área da fruta, que se queixou da falta do IC6.
“Estamos longe de tudo. Eu falo por mim, mas temos muitos mais. Há empresas que têm essa dificuldade”, frisou o empresário que disse demorar “ mais tempo a chegar ao IC6, do que do IC6 a Coimbra”. “É muito mau. Não é pedir muito, acho que já o merecemos, porquê se fosse num Porto ou numa Lisboa já estava feita há anos. Mas também merecemos, também somos portugueses, não somos de primeira e não somos de segunda”, sustentou o empresário oliveirense.
Na ocasião, a preocupação foi corroborada por Francisco Rodrigues, candidato à Câmara Municipal pela coligação e elementos da comitiva.
O IC6, com início no IP3, em Penacova, está pensado para ligar Coimbra à Covilhã através do interior do distrito de Coimbra e da encosta sul da Serra da Estrela, mas parou no nó de Tábua em 2010.
Em março de 2017, ano de eleições autárquicas, o Governo anunciou que seriam investidos 38 milhões de euros no prolongamento do IC6, entre os concelhos de Tábua e Seia.
Já em fevereiro deste ano, a Infraestruturas de Portugal (IP) lançou concurso público para a elaboração do projeto de execução do troço do IC 6 entre os nós de Tábua (distrito de Coimbra) e da Folhadosa (distrito da Guarda).
O projeto a executar engloba o prolongamento do troço existente do IC6 (Catraia dos Poços/Venda de Galizes), com início após o nó de ligação de Tábua e término no nó de Folhadosa (concelho de Seia), com ligação à EN17.
Este sublanço terá uma extensão de 19 quilómetros, servindo diretamente os concelhos de Tábua e Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, e o concelho de Seia, no distrito da Guarda.