O vice-presidente do Município de Oliveira do Hospital reagiu, ontem, a declarações que tinham sido proferidas pelo presidente da Junta de Freguesia de Avô, que responsabilizou o Município pela não renovação do galardão de Bandeira Azul na praia fluvial de Avô.
“A bem da transparência e da boa informação”, José Francisco Rolo deslocou-se ontem às Varandas de Avô, com vista para a vila de Avô e praia fluvial para informar que a praia “ tem qualidade de água boa”. “Só deixou de ter qualidade de água excelente após nove análises que foram feitas em 2020 e se ter verificado que foram ultrapassados os respetivos parâmetros que permitiam que a qualidade da água fosse excelente”, explicou, notando que foi devido à qualidade da água que a Associação Bandeira Azul não renovou o galardão Bandeira Azul.
Aos jornalistas, o responsável assegurou que “a praia fluvial de Avô mantém todas as condições enquanto praia fluvial, continua a ser praia acessível, praia da rede das aldeias do xisto e uma praia com todas as condições para receber banhistas. Adiantou que a qualidade de água “boa” é atestada por “análises feitas por laboratório certificado e pela Agência Portuguesa do Ambiente”.
Ontem, o vice-presidente fez mesmo um “histórico” da qualidade da água na praia fluvial de Avô. Lembrou que, “em 2007 a qualidade era aceitável, em 2010 ainda era aceitável e que “ fruto do investimento da Câmara Municipal na valorização da praia fluvial, em 2011 a água passou a qualidade de boa que manteve até 2016”. “Em 2017 passou ter água de qualidade excelente, que manteve até 2018, ano em que conseguiu pela primeira vez o galardão Bandeira Azul que manteve em 2019. Em 2020, havendo nove análises que ultrapassaram os limites definidos por lei (legislação nacional e comunitária), a água passou à condição de boa. Logo, não sendo excelente perdeu temporariamente o galardão Bandeira Azul que poderá recuperar se forem restabelecidas as condições”, afirmou.
A reiterar que “a praia tem condições de excelência, tem água boa e não foi encerrada”, José Francisco Rolo não deixa de criticar a atitude do presidente da Junta de Freguesia de Avô, que é conhecedor desta informação há vários meses”. “A Câmara Municipal deu conta desta informação ao presidente da Junta de Freguesia de Avô. Ele é conhecedor desta informação há vários meses. Achamos estranho, que a poucos meses do início da época balnear, em que queremos a visita de turistas e que a economia renasça, alguém por alarmismo transforme uma praia que tem condições para funcionar, pondo em causa o seu funcionamento”, sublinhou.
Rolo chega a considerar que “que houve aqui uma atitude precipitada, de palavras infelizes que prejudicam a oferta turística de Avô e das praias do Alva”. Até porque, “o Município investiu nos anos de 2017, 2018 e 2019, 100 mil Euros só na manutenção das infraestruturas da praia fluvial de Avô, a que acrescem mais 282 mil euros investidos em 2018, na regularização e limpeza de margens resultantes do impacto dos incêndios”. “Estamos a falar de investimento sério e consequente na praia fluvial de Avô”, frisou.
Ao invés das acusações ao Município, Rolo entende que deve ser feita uma “campanha positiva de defender o que é nosso, de valorizar os nossos equipamentos balneares turísticos e promover o que temos de bom para capitalizar o turismo”.
“Não podemos é, em período pré eleitoral, levantar questões que só vêm prejudicar a oferta turística de Avô”, continuou, insistindo com a ideia de que o autarca avoense tinha na sua posse “a troca de emails com a Agência Portuguesa do Ambiente e Associação Bandeira Azul”. “Há meses que sabe desta situação, estranhamos que agora, à ultima hora, tenha levantado este problema, quando no passado o Município sempre investiu nas zonas balneares.
Quanto à descida da qualidade da água de Excelente para Boa, José Francisco Rolo entende que o assunto tem que ser trabalhado com os parceiros”, no sentido de “avaliar nos pontos de recolha e verificar qual o foco que permitiu baixar a qualidade da água”. Lembrou que o rio Alva atravessa vários concelhos e várias localidades e que a praia também é banhada pela Ribeira de Pomares, proveniente de Arganil.
“Não podemos andar aqui armados em caça fantasmas, nem a levantar espantalhos para fazer afastar o turismo de Oliveira do Hospital. No ano passado, o Município fruto do investimento que fez, conseguiu o galardão Bandeira Azul e ninguém nos deu especiais reconhecimentos. Não percebemos, ou até percebemos, porque é que nesta fase, depois de há vários meses se ter conhecimento disto tudo, se vem levantar esta questão que só prejudica o turismo de Avô, do Alva e do concelho”, continuou.
José Francisco Rolo concluiu com a certeza de que a praia fluvial de Avô “tem água boa, pode ser disfrutada por todos” e de que “o Município vai continuar a investir”.
“Em 2020, o Município em análises à qualidade da água, em Avô, investiu 2250,80 Euros para garantir que a qualidade da água e da praia tinha aptidão, para atrair turistas e ser fruída com segurança e qualidade”, rematou