O IP3, entre Viseu e Coimbra, vai por fim sofrer obras de requalificação. Esta foi a solução encontrada pelo Governo, depois de anos de protestos de associações e autarcas, …
… para uma das estradas mais perigosas do País. Só de 2007 a 2017, morreram neste troço 27 pessoas.
Com a requalificação, o IP3 vai tornar-se numa espécie de autoestrada, com a vantagem de não ser portajada. “Em 85%, ou seja, 75 quilómetros de extensão, o IP3 terá quatro faixas, duas em cada sentido. Três faixas (2+1) em 12% e duas faixas (1+1) em 3%”, explicou Rogério Abrantes, presidente da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões. O responsável deseja que o troço com uma via em cada sentido, junto às pontes e na zona de Penacova, seja ainda revisto. O estado da estrada chegou “a um ponto de rutura” e esta “não sendo a solução ideal”, é a “possível”.
A mesma opinião é partilhada por José António Jesus: o autarca de Tondela lembra que há 14 anos que é defendida a transformação do IP3 em autoestrada e que, por isso, esta solução deve ser enaltecida e merece “consenso parlamentar”. Ainda assim, realça que falta definir o calendário, o modelo e o cronograma.
Sabe-se que a obra vai custar ao Estado 134 milhões de euros, mas ainda não há data prevista para o seu arranque. “Esta obra vai sair do Orçamento do Estado e, depois do túnel do Marão, vai ser a mais importante para a sociedade civil e para a região”, destacou João Azevedo, presidente do Conselho Regional do Centro. O IP3 é única solução para quem se desloca de Viseu a Coimbra. Estima-se que por dia seja usado por 20 mil utentes.
fonte: Correio da Manhã