Cerca das 12h45 de hoje, duas autoestradas estavam cortadas ao trânsito, devido aos protestos do agricultores em vários pontos do país.
No distrito da Guarda, a A25 encontra-se cortada em ambos os sentidos, no Alto Leomil e entre Vilar Formoso e Pínzio, sendo a alternativa indicada a Estrada Nacional (EN) 16.
No distrito de Portalegre, junto à fronteira do Caia, a A6 está cortada em ambos os sentidos, no nó de Varche, bom como a EN371, em Fronteira do Retiro. Neste distrito é indicada como alternativa a EN4, saída de Borba.
O Itinerário Complementar (IC) 1 encontra-se cortado no distrito de Setúbal, na zona da Mimosa, no sentido Sul/Norte, sendo a alternativa a Autoestrada 2.
De acordo com a GNR, à mesma hora encontrava-se também cortada ao trânsito a EN 260, no distrito de Beja. O corte é total, em ambos os sentidos, em Vila Verde de Ficalho e Fronteira de Paimogo, sendo a alternativa a EN122 Pomarão.
Em Évora, a Estrada Municipal 256-1, em Mourão e Fronteira de S. Leonardo, está cortada em ambos os sentidos. Em alternativa, a GNR indica a EN 389, de Granja para Barrancos.
Ainda segundo a mesma fonte, os protestos dos agricultores resultaram ainda em congestionamentos de trânsito nos distritos de Coimbra e de Santarém.
No primeiro está condicionada a EN111, no sentido Montemor-o-Velho/Coimbra. No segundo, o condicionamento regista-se na Ponte da Chamusca e a GNR aponta como alternativa, apenas para viaturas ligeiras, a EN3-9, entre a ponte e Praia do Ribatejo. Pode ainda ser usada a EN2 (Abrantes).
Os agricultores estão hoje na rua com os seus tratores, de norte a sul do país, reclamando a valorização do setor e condições justas, tal como tem acontecido em outros pontos da Europa.
O protesto, uma iniciativa do Movimento Civil de Agricultores, decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).
O pacote abrange entre outras, medidas à produção, no valor de 200 milhões de euros, assegurando a cobertura das quebras de produção e a criação de uma linha de crédito de 50 milhões de euros, com taxa de juro zero.
Segundo um comunicado divulgado na quarta-feira pelo movimento, os agricultores reclamam o direito à alimentação adequada, condições justas e a valorização da atividade.