Nos próximos dias, a depressão Garoe vai agravar o estado do tempo em Portugal Continental e traz precipitação, por vezes forte, acompanhada de trovoada e ocasionalmente de granizo, situação que deverá manter-se até quarta-feira, 22 de janeiro, de acordo com a informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Em virtude dos efeitos deste agravamento meteorológico, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu um aviso à população com os efeitos expectáveis e as medidas preventivas a adotar.
Em comunicado, a ANEPC informa que os episódios de precipitação, vento forte e agitação marítima, estão normalmente associados à ocorrência de inundações em zonas urbanas, à ocorrência de cheias e ao piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água.
Na mesma nota, refere ainda possíveis acidentes na orla costeira, devido à forte agitação marítima, ao arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública e ao desconforto térmico na população devido ao aumento da intensidade do vento.
Em modo preventivo, apresenta na mesma nota medidas e comportamentos que devem ser adotados de forma a minimizar o impacto possível destes efeitos.
A autoridade avança que, nestas situações, deve ser garantida “a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas” e uma “adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas”.
Para além disso, a ANEPC reitera que deve ser tido um “especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte”, assim como na “circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais”.
Se é praticante de algum desporto ou atividade marítima, como pesca desportiva ou desportos náuticos, ou se gosta de passear à beira-mar, não o deve fazer durante estes dias, refere a autoridade na mesma nota, sublinhando que deve, também, evitar o “estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima”.
Na estrada, deve “adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual formação de lençóis de água nas vias rodoviárias” e evitar “atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas”, de acordo com a ANEPC.
No mesmo comunicado, a Autoridade aponta ainda que deve “estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança”.