No seguimento das previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que apontam para o agravamento do estado do tempo nas próximas horas devido à chuva persistente e vento forte, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil emite um aviso à população.
O IPMA prevê para as próximas 72 horas um agravamento das condições meteorológicas (chuva e vento forte), salientando-se:
− Períodos de chuva persistente, por vezes forte, a partir do final da tarde de amanhã, sábado, 31 de dezembro, no Minho e Douro Litoral, estendendo-se ao restante Norte e ao Centro a partir da madrugada de domingo, dia 1 de janeiro;
− Vento sul/sudoeste mais intenso no litoral a norte do Cabo Raso e terras altas do Norte e Centro, com rajadas até 85 km/h e 90 km/h respetivamente;
− Queda de neve acima de 1500 metros de altitude (nas serras do extremo norte e na Serra da Estrela) no dia 1 de janeiro;
− Agitação marítima na costa ocidental com ondas de oeste/sudoeste até 4,5 metros entre o início do dia de sábado e o fim da tarde de domingo.
Face a esta situação, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
− Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
− Ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
-Instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
− Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública;
− Piso rodoviário escorregadio e formação de lençóis de água.
Medidas preventivas:
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recomenda à população a tomada das necessárias medidas de prevenção, nomeadamente:
− Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
− Não se expor às zonas afetadas pelas cheias;
− Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
− Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
− Ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água, evitando a circulação e permanência nestes locais;
− Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
− Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
− Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
− Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.