A depressão Martinho fez estragos um pouco por todo o país e em Oliveira do Hospital não foi exceção. Em Nogueira do Cravo, destaque para a queda da cobertura do estádio de Santo António, em estrutura metálica.
Na noite de quarta-feira (19), a queda da estrutura atingiu cinco viaturas que se encontravam ali estacionadas e que pertenceriam a jogadores e equipa técnica da Associação Desportiva Nogueirense (ADN) que treinavam na altura do sucedido. Apesar do aparato, não houve vítimas a registar.
Em declarações à Folha do Centro, Márcio Henriques, presidente da ADN, fala em “prejuízos avultados, ainda não calculados” com esta “tragédia”. No entanto, não tem dúvidas de que “serão certamente dezenas de milhares de euros”. “Fomos gravemente atingidos”, lamenta.
Segundo o responsável, a direção vai agora “verificar a extensão dos danos”, pois, “para além da cobertura, há estragos no interior do estádio”.
De acordo com Márcio Henriques, a infraestrutura desportiva “é uma obra relativamente recente”, pelo que “nada fazia indiciar” que algum dia isto pudesse acontecer. O presidente considera mesmo que “as condições atmosféricas” verificadas ontem à noite foram “fora do comum”. “Aconteceu tudo muito rápido, em minutos”, conta.
Segundo explica, no momento da queda da cobertura, o treino da equipa sénior tinha “começado há vinte minutos”. Apesar do aparato e dos custos que a situação pode causar ao clube, Márcio refere que ainda houve “sorte”, na medida em que ninguém foi atingido.
Ao mesmo jornal, o presidente adianta que, “em articulação com o Município de Oliveira do Hospital e com a Federação Portuguesa de Futebol”, a direção da ADN vai “ver quais são as possibilidades para recuperar”. Assim, “a prática desportiva está cancelada pelo menos até ser retirada a estrutura e ser feita uma vistoria”.
A direção tem “feito algumas melhorias no estádio” pelo que esta calamidade “é um revés muito grande”. Assim, Márcio Henriques sublinha que o clube precisa de muito apoio e “toda a ajuda é bem-vinda”.




“Eu e a minha geração vimos nascer isto do nada”
Nascido e criado em Nogueira do Cravo, Francisco Martins nunca viu nada assim. Vive a 100 metros do local do incidente, mas nem se apercebeu do que tinha acontecido. Está por isso sem palavras para o que aconteceu “com a força do vento”. No meio desta “tragédia”, o conhecido nogueirense vê ainda alguma sorte pois “em termos humanos” não há feridos a registar.
“Felizmente aconteceu entre a saída das camadas jovens e a entrada dos seniores. Na rua não havia ninguém, apenas carros”, explica.
Visivelmente emocionado, Francisco Martins mostrou-se solidário com a Associação Desportiva Nogueirense que viu “nascer do nada”.