O presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, acompanhou as obras de recuperação da galeria da Ribeira de Amandos que decorrem na avenida central da vila de Arganil. A visita de acompanhamento dos trabalhos, à qual se juntou o restante executivo camarário, acontece cerca de um mês e meio depois do início da intervenção cujo investimento supera os 1,4 milhões de euros e se estende até ao início de 2023.
Os trabalhos de abertura da galeria e reconstrução da estrutura subterrânea avançaram recentemente para o troço que abrange a Avenida José Augusto Carvalho, nas imediações do edifício da Câmara Municipal, depois de intervencionada a área junto ao parque infantil da vila. A obra vai estender-se às avenidas Bombeiros Voluntários Argus e Forças Armadas de forma progressiva, permitindo a interrupção gradual da avenida e a criação de circuitos alternativos de circulação.
“A obra está a avançar conforme planeado, cumprindo-se os prazos de execução em cada um dos troços já intervencionados”, confirmou o presidente da autarquia, conscientes de que os maiores constrangimentos vão registar-se daqui em diante, com a intervenção a avançar para a zona central da avenida. “Os trabalhos estão a ser executados por troços para diminuir os impactos na população e nos comerciantes, mas sabemos que uma empreitada desta envergadura e complexidade cria transtornos que não se podem evitar”.
A artéria principal de Arganil foi até à década de 50 do século passado uma ribeira a céu aberto. Nessa altura, foi objeto de uma intervenção de grande dimensão levada a cabo pela administração central, da qual resultou a construção da galeria subterrânea em betão, que canalizou a ribeira pelo seu trajeto até desaguar na ribeira de Folques, dentro da vila.
Em 2019, uma avaliação da segurança realizada à estrutura evidenciou problemas nas lajes de cobertura, resultantes do avançado estado de corrosão das armaduras. Foram registados níveis de degradação tão elevados que em alguns locais se poderia traduzir no colapso eminente da plataforma viária. Desde então que os veículos pesados ficaram impedidos de circular na artéria principal da vila.