O Ministério Público anunciou que o número de arguidos no inquérito que investiga os incêndios de Pedrógão Grande, que tiraram a vida a 66 pessoas em junho do ano passado, aumentou para 13.
O ex-presidente da Câmara Municipal de Castanheira de Pera, Fernando Lopes, e o atual presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu, confirmaram que foram constituídos arguidos no inquérito que investiga os incêndios de Pedrógão Grande.
Fernando Lopes, ex-presidente do mais pequeno município do distrito de Leiria, em declarações à agência Lusa, confirmou que foi constituído arguido.
Também o presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu, confirmou ter sido constituído arguido, adiantando que não falará sobre o assunto até o inquérito estar concluído.
A Procuradoria da Comarca de Leiria adianta que neste inquérito, dirigido pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria, “estão em causa factos suscetíveis de integrarem os crimes de homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência”.
“Tal como foi oportunamente informado, o inquérito encontra-se em avançado estado de investigação, tendo já sido realizadas inúmeras diligências, sobretudo de caráter pericial, e ouvidas mais de duas centenas de testemunhas”, acrescenta a Procuradoria, explicando que neste inquérito, que se encontra em Segredo de Justiça, o Ministério Público é coadjuvado pela Polícia Judiciária.
Entre os arguidos estão o comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, e o segundo comandante distrital de Leiria, Mário Cerol, além, entre outras, de pessoas ligadas à área de gestão de combustíveis.