Uma delegação do PCP reuniu com a Direcção da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Oliveira do Hospital, levando as suas propostas “em defesa do Serviço Nacional de Saúde e dos cuidados de saúde de proximidade”.
Em comunicado enviado à Rádio Boa Nova, o PCP avança que “nesta UCSP existem cerca de 4200 utentes sem médico de família”. “Existem várias freguesias sem extensões de saúde. São graves as situações de algumas extensões de saúde. O encerramento da extensão de Bobadela parece ter-se tornado permanente. A extensão de saúde de Nogueira do Cravo encontra-se encerrada por não ter médico, nem enfermeiro, nem administrativo. A extensão de saúde de Alvôco das Várzeas tem o funcionamento condicionado após a aposentação do médico”, refere o partido.
Para o PCP, “o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente no período noturno e aos fins-de-semana em 2017, resultou no seu encerramento permanente”. “Este encerramento e o seguinte protocolo com a Fundação Aurélio Amaro Diniz, que passou a prestar este serviço, fez com que se perdesse a possibilidade de referência para o INEM, sendo os utentes encaminhados para Arganil, Seia ou Coimbra em caso de emergência médica, com evidentes prejuízos para as populações”, lê-se.
De acordo com o partido, “à parte da necessidade de mais trabalhadores no Serviço Público, existem também necessidades em termos de infraestruturas que importa identificar, para a sua melhor resolução, sendo que o edifício sede do Centro de Saúde não reúne já a condições para o serviços que presta”.
“Estes problemas são sintomáticos do desinvestimento que se tem vindo a sentir no SNS, sendo que as populações de Oliveira do Hospital são duplamente penalizadas pela interioridade”, refere, defendendo que “o caminho passa pelo investimento no Serviço Nacional de Saúde, permitindo a abertura para a contratação de mais trabalhadores, sejam médicos, enfermeiros, assistentes técnicos ou operacionais que possam dar resposta às necessidades reais das populações”. “É imprescindível que o Governo dê resposta às vagas requisitadas pelo ACES PIN e que são essenciais para um melhor funcionamento das várias unidades de saúde. Só se conseguirá fixar profissionais valorizando as suas carreiras e os salários”, sublinha o PCP.
Defendendo que “é na defesa do SNS, rejeitando as lógicas do negócio privado da doença, que está a solução para garantir o direito à saúde da população de Oliveira do Hospital”, “o PCP compromete-se com esta luta e questionará o Governo quanto às matérias discutidas”.