A Proteção Civil anunciou, hoje, que não há incêndios ativos significativos em Portugal continental. O comandante da Autoridade Nacional de Emergência sublinha que os fogos que deflagram em Pombal e Ourém, apesar de dominados, são motivo de preocupação devido ao risco de reacendimento.
Durante uma conferência de imprensa foi feito um balanço dos incêndios que lavram em Portugal nos últimos dias. André Fernandes, da Proteção Civil, adianta que desde o dia 7 de julho foram assistidas 41 pessoas, 26 feridos leves e um ferido em estado grave. O comandante da Autoridade Nacional de Emergência indica que cinco habitações e dois anexos foram afetados no incêndio de Ourém e duas habitações ficaram destruídas em Pombal.
Segundo o comandante, foram registados 30 incêndios até às 12h00, “não havendo nenhum significativo ativo”, referindo que, em comparação com outros dias, foi “invertida a tendência de subida de ignições”, já que se registaram 35 no dia 8 (sexta-feira), 46 no dia 9 (sábado) e 43 no dia 10 de julho (domingo).
“As ocorrências que tiveram origem nos dias dia 7, 8, 9 e 10 de julho encontram-se todas numa fase de dominadas, estando em fase de estabilização do perímetro de incêndios”, sublinhou.
O incêndio que começou na quinta-feira à tarde no concelho de Ourém e que alastrou a Alvaiázere (Leiria) e Ferreira do Zêzere foi considerado dominado cerca das 08:00, permanecendo no terreno 601 operacionais, apoiados por 199 veículos e quatro meios aéreos.
Já o fogo que começou na sexta-feira no concelho de Pombal, e que se estendeu a Ansião, distrito de Leiria, foi considerado em resolução às 08:30 desta segunda-feira, estando a ser combatido 271 operacionais, com o apoio de 85 viaturas e um meio aéreo.
De acordo com o comandante nacional da ANEPC, a previsão para a parte da tarde é de “agravamento”, com a possibilidade de “reativações”, pelo que importa manter o dispositivo no terreno, sendo este atualmente de cerca de 1.500 operacionais.
“Vamos fazer tudo para que nenhuma reativação fuja do controlo. Podem ser violentas e alguma coisa pode correr menos bem. Pedimos à população para que se afaste das zonas [afetadas] e o facto de não haver feridos graves [nestes incêndios] também se deve às medidas de autoproteção da população”, sublinhou.
Portugal continental entrou às 00:00 desta segunda-feira em situação de contingência, que deverá terminar às 23:59 de sexta-feira, mas que poderá ser prolongada caso seja necessário.