A situação epidemiológica no concelho de Oliveira do Hospital está a evoluir favoravelmente, registando uma taxa de incidência “abaixo de 100” casos por 100 mil habitantes. Segundo Carlos Antunes, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, “o potencial de infeção nos próximos dias será na ordem dos 70 casos por 100 mil habitantes”.
No espaço de análise à pandemia Covid-19 realizado esta tarde na Rádio Boa Nova, o oliveirense Carlos Antunes referiu que, de acordo com dados disponíveis até 24 de maio, Oliveira do Hospital “está com 88 casos por 100 mil habitantes, ou seja, com um acumulado de 17 casos”. “O Rt é inferior a 1 há mais de 16 dias para Oliveira do Hospital. O potencial de infeção nos próximos dias será na ordem dos 70 casos por 100 mil habitantes”, referiu.
Quanto ao concelho de Arganil, à data de 24 de maio, “estava com 381 casos por 100 mil habitantes, acima dos 240 casos, mantendo a sua sinalização, mas tendo baixado relativamente à última sinalização”. “Está a amarelo e está no bom caminho, com um Rt abaixo de 1, pelo menos há sete dias, com uma tendência de diminuição e com potencial de infeção abaixo dos 300 casos nos próximos quatro dias”, frisou, avançando que Tábua e Carregal do Sal estão com níveis muito baixos.
No que respeita ao país, o especialista Carlos Antunes sublinhou que a Região de Lisboa e Vale do Tejo é “a única que se mostra com alguma dinâmica de “relativa preocupação”. “Relativa porque está numa situação mais de alerta do que, propriamente, de grande preocupação dado que já temos um grande número de pessoas protegidas, principalmente, os mais vulneráveis, mais idosos e pessoas com situações de saúde mais grave”, explicou. Carlos Antunes indicou que o aumento de casos não tem tido repercussão em termos de hospitalizações e de óbitos, que são praticamente residuais, e os internamento têm vindo a diminuir nas faixas etárias acima dos 70 anos”, Notou, contudo, que nos últimos tempo tem-se observado “um aumento ligeiro entre os 30 e os 59 anos”.
“O princípio da máxima precaução e da máxima prudência é de que se deve continuar com as medidas de proteção, mesmo estando vacinado com as duas doses”
A contribuir para a situação atual está a vacinação. Carlos Antunes referiu na Rádio Boa Nova que a população vai “ganhando mais defesa e mais imunidade”, estando-se a conseguir uma “situação de controlo epidémico, retirando obviamente a questão das novas variantes que estão a gerar alguma preocupação”. “Há situações em atraso em algumas faixas de maior idade, mas são casos muito particulares ou de desconhecimento do paradeiro das pessoas ou situações clinicas”, explicou, apontando ainda “a situação da Astrazeneca” que obrigou a uma redefinição da estratégia daqueles que já tinham a primeira dose.
Questionado sobre o momento em que será possível “largar” a máscara, o especialista disse que este será um assunto em análise na reunião do Infarmed, que se vai realizar amanhã. “Estamos a acompanhar estudos que estão a ser feitos em outros países, por forma a sabermos como é que as vacinas garantem a proteção à doença, à infeção e contra a transmissão”, referiu, notando que o “princípio da máxima precaução e da máxima prudência é de que se deve continuar com as medidas de proteção, mesmo estando vacinado com as duas doses”.
Confira aqui a análise completa: