O ministro das Finanças afirmou, esta terça-feira, que o desdobramento de escalões do IRS “não resulta em nenhum aumento de impostos para nenhum português”.
Esta foi a garantia deixada por João Leão na apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2022, naquilo que o Governo vê como um modelo de IRS “mais justo e progressivo”.
“Continuamos a devolver rendimentos às famílias”, afirmou.
João Leão destaca que a mudança beneficia mais de um milhão e meio de agregados familiares, frisando também o alargamento do apoio aos jovens, com o programa IRS Jovem, que se estende de três para cinco anos.
“Destacamos o pacote de IRS no valor de 235 milhões de euros, dos quais 205 em 2022″, acrescentou.
O ministro das Finanças afirma que se conclui desta forma a revisão dos escalões de IRS iniciada em 2018, altura em que havia cinco escalões, que passam a nove em 2022 (sendo sete atualmente).
Segundo o governante, estas medidas, no seu conjunto, representam um alívio fiscal de mais de 500 milhões de euros para as famílias.
“Vamos baixar o IRS para a classe média, desta forma continuamos a devolver rendimentos às famílias”, referiu.
Nas classes médias, o número de escalões de rendimento sujeito a IRS vai passar de sete para nove em 2022, com o novo terceiro escalão, entre 10.736 e os 15.216 euros, com uma taxa de 26,5%.
Em relação aos jovens, o Governo prolongou por mais dois anos o regime do IRS que permite beneficiarem de um desconto no imposto, alargando-o ainda ao trabalho independente e acabando com o limite de rendimento que atualmente existia.