O Governo volta a ouvir os peritos, nesta terça-feira de manhã, sobre o estado da pandemia, antes de avançar para a próxima fase do plano de desconfinamento, na próxima segunda-feira.
De acordo com a chamada “matriz de risco” que está a guiar o processo de desconfinamento, se houver mais de 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias ou se o Rt (o índice de transmissibilidade) subir acima de 1, entramos na zona amarela, o que implica parar o desconfinamento.
Se ambos os indicadores se encontrarem acima do limite (ou seja, mais de 120 casos e Rt acima de 1), entramos na zona vermelha, o que obriga, não só a travar, mas até mesmo a retroceder no pior cenário.
Neste momento, de acordo com os dados mais recentes, o país está com 70 casos por 100 mil habitantes ao nível nacional. Se falarmos só no continente, a incidência baixa para 67,4 casos por 100 mil e aqui parece que não estamos mal, mas o número está a subir.
Já o índice de transmissibilidade está acima de 1: é de 1,04 ao nível nacional e 1,03 no continente.
Igualmente importante é numero de internamentos hospitalares, onde a tendência tem sido de descida, mas subiu na segunda-feira, com mais 13 pessoas nos hospitais e mais seis nos cuidados intensivos. Neste momento, 119 doentes encontram-se em unidades de cuidados intensivos no continente – ainda assim, um número bastante abaixo do valor considerado crítico (que é de 245 camas ocupadas em UCI).
O desconfinamento pode ser travado nos concelhos que se encontram no vermelho e essa medida pode incluir também os municípios que fazem fronteira com os que estão em pior situação.
O Governo vai voltar a avaliar a situação de risco na próxima quinta-feira, dia de reunião do Conselho de Ministros e, nessa altura, já terá dados mais atualizados.
com: rr.pt