O Cineteatro da Casa Municipal da Cultura de Seia recebe, durante este mês, um musical original de Vanessa Silva sobre empoderamento feminino, nos dias 9 e 10, um concerto filarmónico com a Banda Torroselense, a 17 de novembro, e a fechar o mês, um espetáculo de dança e sensibilização sobre violência doméstica de Catarina Branco, no dia 25.
Este fim de semana, nos dias 9 e 10 de novembro, o Cineteatro da Casa Municipal da Cultura recebe quatro sessões (16h e 21h) do musical “E Se a Eva Não Tivesse Trincado a Maçã?”, uma produção senense encenada por Vanessa Silva. O musical original reimagina o papel de Eva na história e na mitologia, explorando temas como igualdade, poder e a busca pela verdade. Ambientado num universo paralelo onde a maçã permanece intacta, a narrativa leva o público a questionar as escolhas e estereótipos que moldam a humanidade, celebrando o espírito humano e o poder da diversidade. Com encenação de Vanessa Silva e produção da Companhia de Espetáculos VOZES EM ½ PONTA, o musical promete uma experiência sonora e visual envolvente.
No dia 17 de novembro, às 15h, será a vez da Banda Torroselense Estrela D’Alva subir ao palco com o concerto Filarmonias, sob o tema “On Fire – Harmonia em Notas, Partilha de Emoções”. Fundada em 1908, a banda, atualmente composta por 47 músicos sob a direção do Maestro Samuel Correia, desempenha um papel fundamental na cultura local e regional. A Banda Torroselense conta ainda com uma escola de música para 15 alunos, mantendo viva a tradição centenária e garantindo a continuidade deste importante legado musical. A iniciativa Filarmonias, promovida pelo Município de Seia, visa destacar o trabalho das filarmónicas do concelho e valorizar o seu impacto cultural.
No dia 25 de novembro, pelas 21h30, a Casa Municipal da Cultura de Seia apresenta NÃO É AMOR, uma criação de dança de Catarina Branco que aborda a realidade da violência doméstica, que vitimou 31.691 mulheres em Portugal em 2023. O espetáculo é um grito de alerta e uma chamada à sensibilização, explorando, através da linguagem corporal e artística, o impacto emocional e psicológico desta realidade social. Com duração entre 45 e 60 minutos, NÃO É AMOR é interpretado por Bárbara Hoerlle Vasconcelos e Deivid Correia e conta com o desenho de luz de Renato Alexandre Marinho (NOVA LUX COLETIVO) e videografia de Nuno Mina. A coreografia de Catarina Branco envolve uma intensa expressão artística e simbólica, inspirada em outras disciplinas como a escrita e a fotografia, que refletem as experiências de vítimas de violência de género. O espetáculo conta com a parceria da CIG e da APAV e inclui sessões de trabalho com comunidades em casas de abrigo, fortalecendo o impacto social e comunitário desta obra. NÃO É AMOR integra o Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação de Seia, enquadrando-se nas áreas de Cultura e Educação como instrumento de sensibilização e prevenção para o combate às várias formas de violência.
Os espetáculos contam com o apoio da República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes, fortalecendo o compromisso com o desenvolvimento cultural e a inclusão social.