Os municípios que integram a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra manifestam a sua discordância com a forma como foi realizada a auditoria à Entidade de Resíduos Sólidos Urbanos do Centro (ERSUC) pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). A CIM Região de Coimbra considera que a auditoria “foi limitada e não permitiu uma análise profunda dos aspectos que afetam a eficiência e eficácia da ERSUC”.
De recordar que, em fevereiro de 2023, a CIM Região de Coimbra, juntamente com vários municípios que integram a ERSUC e a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, pediram esclarecimentos à ERSAR sobre os aumentos consecutivos e abruptos das tarifas associadas ao tratamento de resíduos, visando proteger os interesses dos utilizadores e garantir a melhoria do sistema de gestão de resíduos. Em resposta, a ERSAR comunicou que iria avançar com uma auditoria à ERSUC.
A auditoria, que se debruçou sobre a gestão da ERSUC entre o período de 2014 a 2022, resultou num relatório que, segundo uma análise da CIM Região de Coimbra e da APIN – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior, poderia ser mais detalhado em alguns pontos críticos, bem como envolver mais trabalho de campo e visitas in loco às infraestruturas da ERSUC.
A CIM Região de Coimbra deliberou, assim, a necessidade de solicitar à entidade reguladora que tome medidas para aprofundar e analisar mais minuciosamente alguns dos parâmetros e dados avaliados nesta auditoria. Esta ação visa obter uma análise mais completa e rigorosa dos fatores que afetam o desempenho do sistema de gestão de resíduos, garantindo a defesa dos interesses dos utilizadores e a sustentabilidade do serviço.
Nesta sequência, foi enviado um ofício à ERSAR com uma análise da auditoria efetuada pela CIM Região de Coimbra e pela APIN, incluindo oportunidades de melhoria identificadas e outras que venham a ser sugeridas pelos municípios.