No mês em que se alerta para os maus tratos na infância, o Município volta a associar-se à causa com inúmeras iniciativas que têm como objetivo alertar a comunidade para a problemática.
Este ano, o desafio foi lançado às Juntas de freguesia para que “ajudem a despertar consciências”, como referiu José Francisco Rolo, presidente da autarquia oliveirense, na sessão de lançamento da campanha municipal de sensibilização.
“Já fizemos campanhas digitais, de rua, nos media, nas redes sociais, nas escolas, mas desta vez quisemos fazer uma iniciativa que tivesse impacto em todo o concelho e, para isso, contamos com a colaboração das juntas de freguesia”, explicou o autarca.
A campanha é desenvolvida também pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Oliveira do Hospital que “está empenhada em proteger os mais novos e os mais frágeis”.
Na ocasião, Nuno Ribeiro, vereador da Câmara Municipal mas também presidente da CPCJ local, recordou o início da Campanha do Laço Azul em 1989 nos Estados Unidos da América, sublinhando, “infelizmente”, o flagelo acontece por todo o mundo nos dias de hoje.
As ações de sensibilização da iniciativa “Abril – Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância” serão desenvolvidas ao longo do mês. Aos presidentes das Juntas de Freguesia foram facultados laços azuis de grande dimensão para que “coloquem em locais emblemáticos” da sua área. Serão realizadas ações nas escolas e IPSS e, como é habitual, o edifício da Câmara Municipal será iluminado com cor azul. Uma caminhada no dia 28 pela cidade e freguesias também fará parte do programa.
68 Processos ativos em Oliveira do Hospital
Na sessão de lançamento da campanha municipal de sensibilização contra os maus tratos na infância, o presidente da CPCJ avançou que, neste momento, estão 68 processos ativos relativos ao concelho de Oliveira do Hospital. Segundo Nuno Ribeiro, a maioria dos casos está relacionada com a violência doméstica e a negligência. “Em contexto da violência doméstica, as situações reportam a ofensas físicas e exposição à violência. Relativamente à negligência, estamos a falar de comportamentos que comprometem o bem-estar das crianças”, explicou.
Segundo o responsável, as entidades que têm sido “sinalizadoras” são a GNR e os estabelecimentos escolares. Paralelamente, “tem havido um aumento de sinalizações anónimas, o que significa que a comunidade está atenta”.