O líder do PSD foi, ontem, empossado por Marcelo Rebelo de Sousa como primeiro-ministro do XXIV Governo Constitucional.
No primeiro discurso como primeiro ministros, Luís Montenegro apontou à oposição para que o governo consiga cumprir toda a legislatura.
Depois de duas legislaturas interrompidas, e com “dois focos de guerras”, além de vários problemas na saúde ou na habitação, “será imperdoável que a política se constitua como agravante e não como solução”.
Montenegro pede “humildade e espírito patriótico”, também às oposições, e atira: “Este Governo está aqui para Governar os quatro anos e meio da legislatura”.
O Governo “também não está aqui de turno”, garante Montenegro, pedindo à oposição que deixe o Governo “trabalhar” e aplicar o programa com que se apresentou em eleições”.
Montenegro compromete-se com redução de impostos que são “bloqueio à economia”.
E assegura que a governação será “séria, transparente e de combate à corrupção”. Os resultados que o Governo pretende atingir “são ambiciosos”, mas “atingíveis”.
Na saúde, o Serviço Nacional de Saúde “será a base do sistema”, mas aproveitando a capacidade instalada “sem complexos ideológicos inúteis”. O importante, refere Montenegro, “é o cidadão”.
Reforça, ainda, que o Governo vai apresentar um programa de emergência antes de junho.
Na educação, haverá “valorização da carreira”, mas Montenegro não refere que medidas vai aplicar.
Montenegro apela ao diálogo “com todos os partidos” para combate à corrupção
O primeiro-ministro quer que os jovens sintam que “há futuro em Portugal”, prometendo políticas públicas para manter os jovens no país.
O XXIV Governo Constitucional tem dois ministros de Estado – o dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que é o “número dois” do Governo, e o das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento – e Montenegro conta ainda com um ministro Adjunto, Manuel Castro Almeida, com a pasta da Coesão Territorial e a gestão dos fundos comunitários.
Mais de 60% do elenco ministerial pertence à Comissão Permanente do PSD – núcleo duro da direção – e há quatro nomes apresentados como independentes, todas ministras.
No total, o XXIV Governo terá sete ministras, menos duas do que o último executivo do PS liderado por António Costa.
Além de Luís Montenegro, que nunca desempenhou funções executivas, entre os 17 ministros só há um repetente – Maria da Graça Carvalho foi ministra da Ciência e Ensino Superior dos Governos PSD/CDS-PP de Durão Barroso e Santana Lopes – e outros seis já ocuparam secretarias de Estado no passado (Paulo Rangel, António Leitão Amaro, Manuel Castro Almeida, Pedro Duarte, Fernando Alexandre e Miguel Pinto Luz).
- Com TSF