Foi hoje apresentado o Projeto Piloto de Metodologia de Rastreio da Covid-19 na Região de Coimbra, que consiste na “combinação” de dois tipos de teste de despistagem, de modo a garantir “uma margem de fiabilidade elevada”. Os testes serão realizados em instituições que se considerem prioritárias como Estrutura Residencial para Idosos, Lares de Residenciais e Serviços Públicos Essenciais.
Trata-se de uma abordagem piloto, realizada através da análise combinada de duas técnicas cujo resultado é analisado por fluxograma, podendo ser necessário, consoante o resultado do rastreio, a colheita de exsudato nasofaríngeo através de Zaragatoa para posterior análise nos laboratórios no espaço de 24 horas.
No final da apresentação do projeto, em declarações aos jornalistas, José Carlos Alexandrino, presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra explicou que a metodologia consiste na “combinação” de dois testes, “executados por laboratórios, em articulação com os Centros de Saúde e Delegados de Saúde”.
“Não são testes rápidos que estão prontos em cinco minutos. Demoram algumas horas e servem sobretudo de rastreio. Se os testes derem inconclusivos ou positivos, realizam-se os testes de zaragatoa”. São dois testes diferentes que, cruzados, nos podem dar uma margem de fiabilidade elevada”, explicou.
Consciente de que a região “vai continuar com infetados durante muito tempo”, José Carlos Alexandrino defende que estes testes “devem ser repetidos passados oito dias”. “Esta duplicação de teste é que dará uma certeza absoluta”, garantiu.
Numa primeira fase, a CIM Coimbra já tinha adquirido três mil testes. Numa seguinte encomenda, que chegará no início da próxima semana, chegarão 50 mil testes para serem realizados em instituições que se considerem prioritárias.
Presente na apresentação do projeto, Ana Abrunhosa, Ministra Da Coesão Territorial, referiu que, “a combinação destes testes pode evitar que trabalhadores fiquem de quarentena”. “Consideramos que é uma experiência muito interessante num território muito importante”, disse, realçando que a região centro concentra, em termos de instituições sociais, uma percentagem muito grande”.
A Ministra relembrou que os testes serão realizados aos profissionais antes de entrarem ao serviço, de forma a proteger os utentes. “É uma metodologia que tem de estar sempre a ser testada e avaliada para termos cada vez mais confiança nela”, defendeu.
“É um excelente exemplo de coesão territorial em que todos os atores do território se articulam para proteger uma população mais frágil”, concluiu Ana Abrunhosa.
O programa de rastreios nos municípios da região, com incidência nos lares e estruturas similares, bem como em agentes de proteção civil e trabalhadores autárquicos essenciais, realiza-se em articulação com a CIM Região de Coimbra, Segurança Social, Administração Regional de Saúde e a Universidade de Coimbra.
Todo este processo está articulado com as autoridades de saúde locais e os resultados dos testes serão inseridos no SINAVE.
Áudio- Diário As Beiras