Mais de 10 mil autarcas podem eleger hoje pela primeira vez, através de colégios eleitorais regionais, os cinco presidentes das comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR), que eram até agora nomeados pelo Governo.
Além da votação dos colégios eleitorais, constituídos pelos membros dos executivos e das assembleias municipais de cada câmara das regiões Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, os presidentes das 278 câmaras do continente elegem também um dos dois vice-presidentes das estruturas da região a que pertencem.
Os candidatos são seis, um por cada uma das estruturas, à exceção da do Alentejo, que tem dois candidatos.
Três deles já dirigem atualmente as CCDR a que se candidatam. É o caso de Isabel Damasceno, ex-autarca de Leiria na CCDR do Centro. Quanto às candidaturas a vice-presidente, à CCDR do Centro candidata-se o atual secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, o geógrafo Jorge Brito.
Recorde-se que Isabel Damasceno e Jorge de Brito estiveram presentes nas comemorações do Feriado Municipal de Oliveira do Hospital, no passado dia 7 de outubro. Na ocasião, José Carlos Alexandrino destacou o ato eleitoral para a CCDR do Centro, afirmando que com Isabel Damasceno e Jorge Brito “a Região Centro ficará bem servida”. No Dia do Município oliveirense, o secretário executivo da CIM de Coimbra foi homenageado “por tudo aquilo que fez por Oliveira do Hospital e pela CIM Região de Coimbra”. O autarca destacou qualidades como “honestidade, lealdade e competência”.
As eleições indiretas decorrem em simultâneo hoje entre as 16h00 e as 20h00.
Este ano, as eleições decorrem em outubro e o mandato será de cinco anos, para que os novos eleitos possam acompanhar as negociações dos fundos estruturais que estão a decorrer com Bruxelas. Tal como os autarcas, os dirigentes eleitos também estão sujeitos a uma limitação de três mandatos consecutivos.
As CCDR são serviços desconcentrados da Administração Central, dotados de autonomia administrativa e financeira, incumbidos de executar medidas para o desenvolvimento das respetivas regiões, como a gestão de fundos comunitários.