Ao fim de mais de 30 anos de funcionamento, a loja Intermarché de Oliveira do Hospital vai fechar as suas portas. Ontem e hoje, o espaço está a proceder à venda dos produtos em stock com grandes descontos.

Esta manhã, eram muitos os clientes que faziam fila à porta da loja do grupo Mosqueteiros e que aguardavam pela abertura do espaço, que só veio a acontecer pouco depois das 10h00, para a compra de produtos a preço mais reduzido.
A informação de que a loja iria fechar terá sido comunicada aos trabalhadores e aos lojistas na passada sexta-feira, dia 27. Contudo, o encerramento do espaço há muito tempo que já era esperado, depois de a última gerência da loja ter abandonado o negócio, que passou para a alçada da base do grupo Mosqueteiros em Portugal.
Teresa Matos foi uma das pessoas que a Rádio Boa Nova encontrou, esta manhã, à porta da loja para, também ela, aproveitar dos descontos que estão a ser praticados.
“Soube ontem que a loja ia fechar hoje e que os produtos iam estar a 50 por cento. Vim aproveitar”, contou, recordando na ocasião “os oito anos e meio” em que trabalhou na loja. “Comecei como operadora de caixa, depois fui chefe de caixas e depois chefe de loja. Era uma casa que funcionava muito bem, muito bem mesmo”, partilhou.
Teresa começou a trabalhar no Intermarché em 1999, pouco depois da abertura do espaço pelo casal Ildeberta e José Anjos. À data, a loja tinha “cerca de 50 trabalhadores”. Acabou por sair quando a loja foi vendida em 2006. Desde aí, começou a ver a loja a “ir muito a baixo”, com “má organização, falta de produtos, muito desorganizada e cada vez foi pior”.
Apontou este como sendo o motivo que a levou a si e a muitos clientes a deixar de frequentar o Intermarché . “As lágrimas corriam-me pelos olhos, porque era uma tristeza. A loja ter sido o que tinha sido e agora estar como está. Sinto mesmo pena”, desabafou.
Nos últimos tempos assistiu-se a uma sangria de funcionários no Intermarché, resistindo um grupo muito reduzido de colaboradores, alguns dos quais desde o primeiro dia. “Há pessoas que estão cá há 30 anos”, contou Teresa Matos, lamentando que que agora tenham que “ir para o desemprego”.
O Intermarché conta também com um posto de combustível e lavandaria self-service. Amanhã, o espaço não abrirá as portas.