A greve nacional da Função Pública convocada para sexta-feira pela Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSTFPS) inicia-se às 00h00 e deverá afetar sobretudo escolas, serviços de saúde e ainda da cultura.
Com o lema “Soluções já!”, a paralisação — a primeira deste ano e a segunda do Governo de António Costa — abrange toda a administração direta do Estado (ministérios e serviços públicos) e poderá mesmo encerrar muitos serviços, como avisou a dirigente Ana Avoila.
O protesto foi anunciado no início de abril para reivindicar aumentos salariais, pagamento de horas extraordinárias e as 35 horas de trabalho semanais para todos os funcionários do Estado.
O regime das 35 horas foi reposto em julho de 2016, deixando de fora os funcionários com contrato individual de trabalho, sobretudo os que prestam serviço nos hospitais EPE.
A federação tem uma grande expetativa em relação à adesão dos funcionários públicos a esta greve, não apenas nos serviços onde a adesão tradicionalmente é mais significativa (saúde e educação), mas também em outros setores, como na cultura que teve uma greve há pouco tempo, nas finanças e nos serviços da Segurança Social.
“As expectativas são elevadas porque os trabalhadores não se sentem bem. Creio que vai ser uma grande greve, um ponto alto da luta. O Governo vai reparar nisso e vai ter que negociar com os sindicatos outras condições que não estas que temos atualmente”, disse a dirigente Ana Avoila, em declarações recentes à agência Lusa.
A FNSTFPS, afeta à CGTP, é composta pelos sindicatos do Norte, Centro, Sul e consulares e representa 330 mil funcionários.