O vereador da coligação do PSD/CDS-PP na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital manifestou, ontem, o seu desagrado pelo novo formato da EXPOH que na prática vai deixar de ter expositores” e “vai ser apenas um fim de semana de concertos com a componente da gastronomia”. O antigo diretor do evento considera tratar-se de “publicidade enganosa”.
A tomada de posição foi partilhada na reunião pública do executivo, onde Francisco Rodrigues começou por lamentar que o anúncio do certame tenha sido feito sem que tenha sido pedida opinião à oposição, sobre o novo formato do evento, que o próprio dirigiu nos últimos anos.
Atendendo à redução do evento para quatro dias, o vereador apontou o dedo ao investimento de cerca de 120 mil Euros que foi confirmado pelo presidente da autarquia, para notar que se a EXPOH durasse nove dias, estaria em causa um investimento na ordem dos “270 mil Euros” que “poderia ser mais interessante em coisas mais úteis”. “Só posso lamentar esta situação, frisou.
A considerar que o anterior formato da EXPOH “estava esgotado” e que o próprio já tinha sugerido, ao anterior presidente de Câmara, José Carlos Alexandrino, que “a EXPOH de expositores com espetáculos devia mudar de local, para o espaço da feira mensal, por permitir uma maior visibilidade industrial”, Francisco Rodrigues admitiu que o evento foi perdendo expositores “de ano para ano”. “A representatividade do concelho na EXPOH estava a ser prejudicada”, observou, opondo-se porém ao novo formato em que “a ideia foi mudar o figurino e adaptar a EXPOH a uma feira de espetáculos com expositores”.
Insistiu, por isso, estar contra “a realização de um evento chamado EXPOH que não chame expositores”, considerando que ao se transformar a EXPOH numa feira para espetáculos que deixe de ter exposição, o efeito pretendido já não é o mesmo”. “Não sou contra os espetáculos, que também são uma forma de afirmarmos e darmos visibilidade ao concelho, mas é uma forma diferente daquela que esteve na sua génese”, rematou.
Numa reunião onde o vereador do PS, Nuno Ribeiro questionou diretamente Francisco Rodrigues se era contra o evento que “ajuda a promover o concelho e o convívio saudável”, também o vice-presidente, Nuno Oliveira explicou que o evento vai ter expositores. A notar que este é “o ano zero” do novo formato, o responsável prefere aguardar pela “crítica da opinião pública” após a realização do evento. Tal como decorria o formato “está esgotado” e de “comercial e industrial tinha muito pouco”.
José Francisco Rolo, presidente do Município de Oliveira do Hospital apontou o dedo a Francisco Rodrigues por optar por “polemizar sobre a EXPOH”, seguindo a “crítica negativa”. O autarca reafirmou que, da parte do executivo, houve uma ponderação do formato, e este é o “ano zero”. A garantia é de que o executivo está a trabalhar para que “a EXPOH seja um sucesso e muitos visitantes venham a Oliveira do Hospital” . Não deixou de lembrar a Francisco Rodrigues que apesar de querer fazer a EXPOH no espaço da feira, “foi sempre opção do executivo” não a fazer naquele espaço. Também recordou que apesar de o vereador considerar que o evento “estava esgotado, fazia-o sempre da mesma forma”.